Ocidente planejava morte de suposto autor intelectual de atentados, diz "WSJ"
O suposto autor intelectual dos atentados de Paris, Abdelhamid Abaaoud, estava sendo "monitorado" por países ocidentais que planejavam matá-lo em um ataque aéreo, mas que perderam sua pista há algumas semanas, publicou nesta segunda-feira o jornal americano "The Wall Street Journal".
A publicação nova-iorquina citou fontes próprias não identificadas segundo as quais Abaaoud estava sendo acompanhado na Síria por países "aliados" que se dispunham a lançar contra ele um ataque aéreo seletivo, mas as pistas do extremista despareceram semanas antes do ataque em Paris.
Abaaoud, um bruxelense de origem marroquina de 28 anos, tinha sido condenado em julho, a revelia, por um tribunal belga apesar de seu paradeiro ser desconhecido, acusado de facilitar o recrutamento de combatentes para as fileiras da jihad na Síria entre 2011 e 2014.
O jovem belga-marroquino foi condenado a 20 anos de prisão por ser considerado o cérebro da célula jihadista de Verviers, no leste da Bélgica, que foi desmantelada em janeiro, e que o mesmo coordenava da Grécia, onde supostamente residia até que seu paradeiro se tornou desconhecido.
Segundo o "The Wall Street Journal", Abaaoud teria se refugiado na Síria, onde apareceu em uma revista digital do Estado Islâmico zombando das autoridades europeias por sua incapacidade de o capturarem.
A imprensa belga publicou hoje que os serviços de segurança do país suspeitam que Abaaoud, que no passado morou no subúrbio bruxelense de Molenbeek, onde há forte presença muçulmana, poderia ser o autor intelectual dos atentados de Paris, que produziram a morte de 129 pessoas e mais de 400 feridos.
Os meios belgas afirmam que Abaaoud planejou o massacre na Síria, de onde se manteve em contato direto com os terroristas suicidas.
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