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Ataque suicida em Cabul deixa pelo menos dez mortos e 20 feridos

Militares carregam homem atingido na explosão desta segunda-feira - Shah Marai/AFP
Militares carregam homem atingido na explosão desta segunda-feira Imagem: Shah Marai/AFP

Em Cabul

01/02/2016 10h19

Pelo menos dez pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas, a maioria delas civis, em um ataque suicida nesta segunda-feira dos talibãs em um quartel de polícia afegã em Cabul, informaram fontes oficiais.

"No ataque suicida de uma hora atrás na área de Deh Mazang, dez pessoas morreram e 20 foram feridas", confirmou na conta do Twitter o vice-ministro afegão de Interior Mohammad Ayub Salangi.

Segundo disse à Agência Efe um porta-voz da Polícia de Cabul, Javid Niazi, um insurgente suicida detonou as bombas que levava em seu colete por volta das 14h local (7h30, em Brasília) na entrada das dependências da Polícia Nacional Antidistúrbios.

Os talibãs reivindicaram a autoria da ação e asseguraram que como resultado morreram pelo menos 40 policiais, apesar de os números desse grupo costumarem ser pouco confiáveis.

"O atentado foi perpetrado pelo atacante procurador de martírio (suicida) Muhammad", que se ateou fogo quando um grupo de agentes que estavam saindo do edifício, disse o porta-voz talibã Zabiullah Mujahid em comunicado.

A área onde aconteceu o ataque, situada no oeste da capital afegã, acolhe também a sede da Polícia de Fronteiras e do Departamento de Tráfego, além do zoo de Cabul.

O Afeganistão vive um dos períodos mais sangrentos desde a queda do regime talibã em 2001 e Cabul é sacudida por atentados de forma frequente.

No último deles, há dez dias, sete membros de uma produtora audiovisual morreram quando viajavam em um veículo.

Cerca de 70% da cidade permanece, além disso, às escuras desde terça-feira por causa de um ataque talibã contra uma torre de alta tensão no noroeste do país.

Os insurgentes tomaram o controle de várias áreas do Afeganistão nos últimos meses, alcançando inclusive em setembro tomar temporariamente a cidade nordeste de Kunduz, sua maior conquista militar desde a invasão americana há 14 anos.