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Premiê belga diz que ataque de homem com facão tem indícios de 'terrorismo'

Francois Lenoir/ Reuters
Imagem: Francois Lenoir/ Reuters

06/08/2016 15h50Atualizada em 06/08/2016 18h34

Bruxelas, 6 ago (EFE).- O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, afirmou que o ataque deste sábado de um homem com um facão contra a sede da polícia em Charleroi, no sul de Bruxelas, ao grito de "Allah akbar" ("Alá é grande") pode ter sido um ato "terrorista".

"As primeiras indicações apontam muito claramente para a tese terrorista, com base nos primeiros testemunhos coletados", disse Michel em entrevista à emissora de televisão RTL.

"Evidentemente, quero ser prudente neste momento para não atrapalhar a investigação, mas isto parece ser de novo um ataque com uma conotação terrorista", ressaltou.

O primeiro-ministro, que se encontra fora da Bélgica e que voltará ao país para se reunir amanhã com representantes dos serviços de segurança, indicou que o Órgão de Coordenação para a Análise de Ameaças deve atualizar suas avaliações sobre a situação conforme avança a investigação.

Por enquanto, o órgão decidiu hoje manter no nível 3 (numa escala que vai até 4) o alerta para ameaças terroristas no país, que implica um risco "grave, possível e verossímil" de atentado e prevê medidas reforçadas de segurança em todo o país, segundo indicou o ministro do Interior, Jan Jambon.

Michel declarou, além disso, que as autoridades estão tentando identificar o agressor, que morreu no hospital após ser atingido por uma policial no tórax e na perna.

O ataque aconteceu no início da tarde no posto de controle exterior da sede da polícia em Charleroi, cidade que se encontra cerca de 50 quilômetros ao sul da capital belga.

Aos gritos de "Alá é grande", o homem tirou um facão de uma bolsa de esporte e atacou duas agentes policiais, uma das quais ficou ferida gravemente.

A mulher, que sofreu ferimentos profundos na cabeça, deverá ser operada, mas está fora de perigo, da mesma forma que sua companheira, que ficou levemente ferida.

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New York Times