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Líderes de movimento pró-democracia em Hong Kong pedem recuo de manifestantes

TYRONE SIU
Imagem: TYRONE SIU

02/12/2014 10h57

HONG KONG (Reuters) - Os fundadores do movimento de desobediência civil que ocupa áreas centrais de Hong Kong pediram nesta terça-feira aos ativistas pró-democracia que se retirem do principal local de protestos, próximo a edifícios do governo, e disseram que vão se entregar à polícia.

Benny Tai, um professor de direito na Universidade de Hong Kong, pediu aos manifestantes que voltem para casa poucas horas depois de o líder estudantil Joshua Wong solicitar aos apoiadores do movimento que se reagrupem no coração da cidade para exigir uma maior democracia.

Tai, em uma coletiva de imprensa ao lado dos cofundadores do movimento Chan Kin-man, um professor de sociologia na Universidade Chinesa, e o reverendo Chu Yiu-ming, disse que não estava unilateralmente convocando por uma retirada, mas pedindo aos estudantes que recuassem, pois a situação se tornou perigosa.

"Podemos observar que a linha de frente da polícia parece estar fora de controle", disse Tai, acrescentando que o descontrole dos policiais deve piorar e que temia pela integridade física das pessoas.

Os ativistas forçaram o fechamento temporário da sede do governo na segunda-feira após confrontos com a polícia.

Os protestos pró-democracia, que começaram o fim de setembro e duraram por muito mais tempo do que previsto pela população, chegou a reunir mais de 100 mil pessoas em manifestações nas ruas de Hong Kong durante seu período de maior adesão.

Os fundadores do movimento disseram que planejam se render à polícia na quarta-feira, por causa de seus papéis em organizar aglomerações consideradas ilegais pelo governo. Tai disse ser possível que a polícia não aceite sua rendição.

(Reportagem de Michelle Chen, James Pomfret e Amanda Lee)