Jair Bolsonaro

Meu governo, minhas regras

Por Hanrrikson de Andrade e Luciana Amaral

Ao longo dos dois anos e meio de mandato, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficou conhecido por gostar de reforçar sua autoridade e não aceitar pessoas que pensem diferente dele nos primeiros escalões.

Veja, a seguir, nomes que foram cortados por estarem, de alguma maneira, em seu caminho.

Isac Nóbrega/PR

Luana Araújo

A infectologista foi cortada do comando da Secretaria de Enfrentamento à covid-19 dez dias depois de ter aceitado convite feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
REUTERS / Adriano Machado

Posição contrária ao uso de cloroquina

Em relato à CPI da Covid, ela disse não ter sido informada quanto ao motivo exato de sua saída. Mas deu a entender que o desfecho ocorreu por questões políticas.
Jefferson Rudy/Jefferson Rudy/Agência Senado

Dra. Hajjar

Médica tida como referência em sua área, a cardiologista Ludhmila Hajjar desistiu de assumir o Ministério da Saúde por divergências com Bolsonaro. Queiroga acabou assumindo em seu lugar.
Reprodução/Instagram

Atacaques

Ludhmila expôs publicamente ideias contrárias às do presidente e passou a ser atacada inclusive com ameaças contra sua vida.
Reprodução/Instagram @geraldobalanca

Ilona Szabó

A especialista em políticas sociais do Instituto Igarapé foi indicada pelo então ministro Sergio Moro para integrar o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária como suplente. Moro desistiu da medida um dia depois.
Eduardo Knapp/UOL

Pressão

A base mais radical de Bolsonaro promoveu uma campanha nas redes sociais contra Ilona por considerá-la uma intelectual de esquerda. Diante da pressão, o presidente acabou vetando seu nome. Ilona tem posicionamentos contrários à liberação de mais armas, por exemplo.
Ricardo Borges/Folhapress

Maurício Valeixo

O ex-diretor-geral da Polícia Federal era tido como o "braço direito" de Sergio Moro na Justiça. Acabaram exonerados juntos em abril do ano passado por Bolsonaro.
DENIS FERREIRA NETTO/ESTADÃO CONTEÚDO

No meio da crise entre Moro e Bolsonaro

Segundo integrantes da Polícia Federal, deputados do centrão pediram a Bolsonaro a saída de Valeixo devido a uma operação da PF em cima de prefeituras que receberam verbas para combater o coronavírus.
PF/Divulgação
Houve resistência do Ministério da Justiça e da PF para trocar o superintendente da corporação no Rio. Bolsonaro alegava problema de "produtividade" apesar de o Índice de Produtividade Operacional da unidade fluminense mostrar melhora.
Divulgação

Marcos Cintra

O então secretário especial da Receita Federal saiu do cargo em 2019 após a divulgação de estudos para a reforma que previa uma nova CPMF. Pegou mal para Bolsonaro.
Wilson Dias/Agência Brasil

Embates e acesso irregular a dados

Cintra já estava na mira de Bolsonaro após sucessivos embates e tentativas de interferência do governo na Receita. Outro ponto foi o episódio em que dois funcionários acessaram de forma irregular dados fiscais de membros da família Bolsonaro.
Waldemir Barreto/Agência Senado
Publicado em 04 de junho de 2021.

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