"Ricardo Nunes mente e nem fica vermelho. Mas você vive na cidade real, nem precisa desmentir", disse. O candidato do PSOL pediu para o atual prefeito explicar uma reportagem publicada hoje pelo UOL, que mostra que o chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras é ex-cunhado do chefão do PCC, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola."
"Eu não tenho nenhuma investigação contra mim, nenhum indiciamento, nenhuma condenação. Diferente de você. Não queira enganar as pessoas."
Guilherme Boulos perguntou a Ricardo Nunes sobre o tema "concessões à iniciativa privada". "A concessão [do serviço funerário] revelou a falta de transparência", disse. "Você tem uma gama de denúncias contra você por falta de transparência. Queria que você explicasse, coisas que inclusive estão sendo investigadas pela Polícia Civil e Polícia Federal."
Enquanto isso, do lado de fora do debate, apoiadores de Marçal recolhem os santinhos que espalharam antes do evento começar.
"Ele é depredador de dinheiro público, apoiador de rachadinha, ele já foi preso, está envolvido em um tanto de coisa, você vai cair nessa ladainha de esquerda? Nós somos conservadores."
"A maneira como você trata as mulheres, o seu desrespeito pelas mulheres. Eu vi um vídeo que você diz que a mulheres tem crânios menores que os homens, e que teria que quebrar para ficar igual."
"Esses candidatos estão usando dinheiro público e agora cobram comportamento meu", disse. "Quer tirar onda, quer fazer gracinha? Se quiser fazer gracinha me chama", disse o candidato, subindo o tom também.
"Eu estou achando esquisito esse perfil que o Marçal adotou hoje. Agora ele quer pagar de bonzinho. O Marçal acusar alguém de extremista é a mesma coisa que a Suzane von Richthofen acusar alguém de assassinato", disse o candidato, elevando o tom do debate, que seguia morno.
Boulos deve perguntar a Pablo Marçal, único candidato que ainda não respondeu neste bloco.
"Bastante crítica né? Mas vamos lá", falou. "A gente tem hoje, diferente do que falou a deputada, um plano de drenagem. Nesse ano, ninguém morreu nas chuvas por desabamento de encosta."
"O que farei como prefeita, antes mesmo de assumir, é olhar para os 800 pontos da cidade que estão em maior risco". A deputada também falou que precisou entrar na Justiça para Nunes fazer "o que não queria", o que seria, segundo ela, um plano para emergências climáticas.
"A gente conseguiu avançar bastante, temos índice de alagamento muito menor", disse o prefeito. "O que pensa em relação às questões de mudança climática e meio ambiente?", questionou.
Candidato PSDB afirmou que a disputa pela prefeitura da capital indica que o Brasil deve mudar o "caminho".
"Ele é pró-aborto, destruiu hino com linguagem neutra. Extremismo não pode governar São Paulo, São Paulo é uma cidade conservadora", falou.
"Há gente boa na esquerda e gente boa na direita. Eu não sou contra a esquerda que o Lula defende, contra a direita que o Bolsonaro defende, mas o que está nos extremos só tem coisa ruim."