Anne Barretto, apresentadora do Meio-Dia, noticiário da TV Jornal, afiliada do SBT no Recife, se emocionou ao falar da situação das vítimas das chuvas em Pernambuco. Até a tarde desta segunda-feira (30), foram contabilizadas 91 mortes e mais de 26 desaparecidos.
A missão de recomeçar é quase uma rotina para os moradores de Jacuípe (a 124 km de Maceió). A cidade tem 7 mil habitantes e fica na zona da mata norte de Alagoas, já na divisa com Pernambuco.
Nos conjuntos habitacionais doados a moradores vítimas da cheia de 2010 em Alagoas e Pernambuco, muitas casas que deveriam servir de moradia deram lugar a igrejas, mercadinhos e bares. Há relatos também de moradias que viraram bocas-de-fumo e são dominadas pelo tráfico de drogas.
Cinco anos após viverem a maior enchente do século na região, muitos moradores que foram vítimas das cheias em Pernambuco e Alagoas ainda esperam por casas em conjuntos habitacionais. A situação foi verificada em pelo menos três cidades.
Casas que custam entre R$ 9.000 e R$ 17 mil. Assim, de forma livre, prospera o comércio ilegal de residências doadas às vítimas da enchente de 2010, em Murici, zona da mata Alagoas.
Prometidas como solução para evitar novas enchentes na mata sul de Pernambuco, as cinco barragens para conter a água dos rios no interior pernambucanos estão atrasadas em mais de dois anos. Já em Alagoas, nenhuma das barragens prometidas saiu do papel.
Número de casas construídas maior do que o número de desabrigados, doações irregulares e até uso eleitoral da reconstrução. Essas são algumas das denúncias investigadas pelas promotorias do MP-AL (Ministério Público de Alagoas), que já detectaram uma série de ilegalidades na entrega de...
Vinte e quatro anos de espera por uma casa nova. Esse é o drama de cerca de cem famílias de União dos Palmares (73 km de Maceió) que moram desde 1988 na comunidade Santa Fé, localizada em um presídio desativado na zona rural do município. A ideia era que os desabrigados passassem ali um período,...
Moradores e empresários que tiveram os imóveis condenados pela Defesa Civil na mata sul de Pernambuco estão em disputa e prometem resistir à ordem de saída dada pelo governo do Estado para deixar casas e pontos comerciais invadidos pelas cheias dos rios em junho de 2010.
Na noite de 18 de junho de 2010, a comunidade de Muquém, formada por quilombolas (descendentes de escravos que viveram em quilombos), em União dos Palmares (73 km de Maceió), viveu aquilo que apontam como o maior drama desde o fim da escravatura. Acostumados com as cheias do rio Mundaú, os...
Pernambuco teve 40 escolas destruídas pelas enchentes de junho de 2010. Dois anos após a tragédia, a maioria delas não teve sequer a obra iniciada, e, para não ficar sem aulas, os estudantes são obrigados a enfrentar um rotina de desafios, que inclui sol no rosto, bancas coladas umas às outras e...
Destruído pela pior enchente em décadas, o município de Quebrangulo (118 km de Maceió) deixou o estado de calamidade pública causada pela cheia do rio Paraíba, em junho 2010, para, dois anos depois, ingressar na lista das cidades em situação de emergência pela seca do Nordeste.
As enchentes de junho de 2010 mudaram radicalmente a vida de quem mora em uma das 26 cidades que decretaram calamidade pública em Alagoas e Pernambuco. Dois anos após a tragédia, muitos moradores ainda vivem uma rotina improvisada e investem para conseguir recuperar o que foi levado pelas águas...
O dia 18 de junho de 2010 ainda permanece vivo na memória dos moradores da zona da mata de Alagoas e Pernambuco. Naquela data, as chuvas registradas no agreste pernambucano elevaram os níveis dos rios Una, Mundaú e Paraíba e de seus afluentes e causaram uma das maiores tragédias naturais da...