Corpo de Bombeiros dá aval para liberar Sambódromo no Rio
Wanderley Preite Sobrinho
Do UOL, em São Paulo
01/03/2019 17h14
Após vistoria realizada por ordem judicial, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro deu aval para a liberação do Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Agora cabe à Justiça decidir se os desfiles das escolas de samba poderão acontecer a partir de hoje para as escolas de samba do grupo de acesso.
A corporação esclarece que entregará o laudo técnico às autoridades do Judiciário, adiantando que, no momento, não se opõe à realização do evento Corpo de Bombeiros em nota oficial.
Apesar do aval, a corporação identificou irregularidades. "Há pendência de documentação por parte do responsável legal da Sapucaí, como Anotações de Responsabilidade Técnica de instalações elétricas e estrutura (que são pareces de Engenharia e Arquitetura), por exemplo."
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Como ao Corpo de Bombeiros cabe apenas vistoriar a segurança contra incêndio e pânico, a autorização para o funcionamento do Sambódromo depende exclusivamente do Tribunal de Justiça do Rio, que pediu a interdição em resposta a um pedido do Ministério Público, que alegou falta de garantias de segurança.
Na decisão de ontem, a Justiça pediu que, após o aval dos Bombeiros, um Termo de Responsabilidade fosse assinado pelos presidentes da Riotur e da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial), assegurando que o sambódromo "reúne condições de segurança suficientes a assegurar a vida e integridade física dos espectadores, jurados, trabalhadores e integrantes das escolas de samba".
Procurada pela reportagem, a Riotur informou que já recebeu o laudo dos Bombeiros e que, com a Liesa, assinou no início da noite de hoje o termo de compromisso exigido pela Justiça. A assessoria de imprensa não soube informar, no entanto, sobre o posicionamento do Tribunal de Justiça do Rio. Procurado, o TJ não se manifestou até o fechamento da reportagem. "Haverá Carnaval", garantiu a Riotur.
Em março do ano passado, os Bombeiros já haviam notificado a Riotur para cuidar da segurança contra incêndio e pânico. Para hoje, a corporação destacou para trabalhar no Sambódromo 200 militares, além de viaturas de atendimento pré-hospitalar e de combate a incêndio.