Bacia do Prata está entre rios mais ameaçados do mundo, diz WWF
A bacia do Prata está entre as dez mais ameaçadas do mundo, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira pela organização de defesa do meio ambiente, Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).
De acordo com o relatório Os 10 Principais Rios do Mundo em Risco, a bacia do Prata, que inclui os rios Paraná, Uruguai e Paraguai, está sofrendo com a construção da represa de Itaipú e de outros projetos de barragens e hidrovias.
"No Rio Paraná, a represa de Itaipú, a maior do mundo, inundou aproximadamente cem mil hectares de terra e destruiu habitat aquático significativo, inclusive as cataratas de Guaíra", diz o documento, que se baseia em vários relatórios feitos em anos anteriores.
"O plano dos governos brasileiro, boliviano e paraguaio para navegação maciça, de criação de uma hidrovia, e o projeto de hidroelétrica estão sendo levados adiante sem um Relatório de Impacto Ambiental adequado", afirma.
Biodiversidade
O relatório alerta para os riscos que esses projetos apresentam para a biodiversidade da região.
"O projeto de hidrovia ameaça drenar e destruir o habitat do Pantanal ao aumentar a capacidade de drenagem da foz do rio, afetar as populações nativas de peixes e expor o sistema do rio a uma invasão de espécies exóticas através das ligações com rios na bacia do Amazonas", disse o relatório.
A bacia do Prata é a segunda maior da América do Sul e atravessa cinco países: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia. Cerca de cem milhões de pessoas moram na região, que inclui os rios Paraguai, Uruguai e Paraná, entre outros de menor porte, como o Rio Tietê.
Segundo o WWF, é necessário realizar uma análise para saber se os novos projetos de infra-estrutura são realmente a melhor solução.
O relatório aponta soluções para minimizar o impacto ambiental no caso de os governos seguirem com os projetos:"Construir em locais distantes da foz e das margens planas, imitando a correnteza natural da água, permitindo a passagem dos peixes, controlando a poluição térmica e mantendo a movimentação de sedimentos e nutrientes essenciais para a saúde dos rios".
Outros rios
O relatório apontou ainda outros nove rios do mundo que estão secando ou morrendo por causa de represas, navegação, poluição, uso excessivo de suas águas para abastecimento, agricultura, indústria e mudanças climáticas, o que pode causar escassez de água no futuro.
O relatório diz que a "crise" dos rios é equiparável às mudanças climáticas da Terra em importância.
Cinco dos 10 rios mencionados ficam na Ásia - Yangtzé, Mekong, Salween, Ganges e Indo.
A bacia do Prata, o Rio Grande, na América do Norte, o Danúbio, da Europa, o Nilo, na África e a bacia Murray/Darling, na Austrália completam a lista do WWF.
A organização alerta que os governos deveriam encarar a água como uma questão de segurança nacional.
"O planejamento ruim e proteção inadequada de áreas naturais fazem com que não possamos mais ter certeza de que a água vai fluir para sempre. Como a crise de mudança climática, que agora tem a atenção de empresas e governo, nós queremos que os líderes notem a emergência em relação à água fresca agora, e não mais tarde", disse o diretor de programas de Água Fresca Global da WWF, Jamie Pittock.
O Dia Mundial da Água será marcado em 22 de março.
De acordo com o relatório Os 10 Principais Rios do Mundo em Risco, a bacia do Prata, que inclui os rios Paraná, Uruguai e Paraguai, está sofrendo com a construção da represa de Itaipú e de outros projetos de barragens e hidrovias.
"No Rio Paraná, a represa de Itaipú, a maior do mundo, inundou aproximadamente cem mil hectares de terra e destruiu habitat aquático significativo, inclusive as cataratas de Guaíra", diz o documento, que se baseia em vários relatórios feitos em anos anteriores.
"O plano dos governos brasileiro, boliviano e paraguaio para navegação maciça, de criação de uma hidrovia, e o projeto de hidroelétrica estão sendo levados adiante sem um Relatório de Impacto Ambiental adequado", afirma.
Biodiversidade
O relatório alerta para os riscos que esses projetos apresentam para a biodiversidade da região.
"O projeto de hidrovia ameaça drenar e destruir o habitat do Pantanal ao aumentar a capacidade de drenagem da foz do rio, afetar as populações nativas de peixes e expor o sistema do rio a uma invasão de espécies exóticas através das ligações com rios na bacia do Amazonas", disse o relatório.
A bacia do Prata é a segunda maior da América do Sul e atravessa cinco países: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia. Cerca de cem milhões de pessoas moram na região, que inclui os rios Paraguai, Uruguai e Paraná, entre outros de menor porte, como o Rio Tietê.
Segundo o WWF, é necessário realizar uma análise para saber se os novos projetos de infra-estrutura são realmente a melhor solução.
O relatório aponta soluções para minimizar o impacto ambiental no caso de os governos seguirem com os projetos:"Construir em locais distantes da foz e das margens planas, imitando a correnteza natural da água, permitindo a passagem dos peixes, controlando a poluição térmica e mantendo a movimentação de sedimentos e nutrientes essenciais para a saúde dos rios".
Outros rios
O relatório apontou ainda outros nove rios do mundo que estão secando ou morrendo por causa de represas, navegação, poluição, uso excessivo de suas águas para abastecimento, agricultura, indústria e mudanças climáticas, o que pode causar escassez de água no futuro.
O relatório diz que a "crise" dos rios é equiparável às mudanças climáticas da Terra em importância.
Cinco dos 10 rios mencionados ficam na Ásia - Yangtzé, Mekong, Salween, Ganges e Indo.
A bacia do Prata, o Rio Grande, na América do Norte, o Danúbio, da Europa, o Nilo, na África e a bacia Murray/Darling, na Austrália completam a lista do WWF.
A organização alerta que os governos deveriam encarar a água como uma questão de segurança nacional.
"O planejamento ruim e proteção inadequada de áreas naturais fazem com que não possamos mais ter certeza de que a água vai fluir para sempre. Como a crise de mudança climática, que agora tem a atenção de empresas e governo, nós queremos que os líderes notem a emergência em relação à água fresca agora, e não mais tarde", disse o diretor de programas de Água Fresca Global da WWF, Jamie Pittock.
O Dia Mundial da Água será marcado em 22 de março.