Nicotina pode ajudar portadores de demência, sugere estudo com ratos
Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres afirmou que medicamentos com nicotina podem adiar os sintomas mais graves de casos de demência.
A nicotina tem efeitos tóxicos e apresenta alto risco de vício. Mas os cientistas britânicos mostraram que a substância também pode melhorar o aprendizado, memória e atenção.
O efeito é pequeno, mas pode ajudar os pacientes que sofrem de demência a manter uma vida independente - sem a necessidade de auxílio de terceiros - por mais cerca de seis meses.
A equipe do King's College fez a experiência com ratos e mostraram que a nicotina melhorou a habilidade dos animais de realizar tarefas de forma mais precisa, particularmente quando eles eram distraídos.
Quando eram capazes de dedicar atenção total a uma tarefa, os animais respondiam corretamente a estímulos em cerca de 80% do tempo. A nicotina melhorava a taxa de precisão em cerca de 5%.
Mas, quando eram distraídos, a taxa de sucesso caiu para cerca de 55%. Neste caso, a nicotina trouxe a taxa de volta o nível de 85%.
"A nicotina, como muitas outras drogas, tem efeitos múltiplos, alguns prejudiciais e outros podem ser benéficos", afirmou Ian Stolerman, o chefe da pesquisa.
Efeito
Stolerman destacou que os efeitos positivos produzidos pela nicotina são pequenos e não trariam benefícios para a maioria das pessoas.
Mas, a nicotina poderia, potencialmente, fazer diferença para pacientes com demência.
O pesquisador acrescentou que a "melhora na função cognitiva" que muitos fumantes sentem a partir do consumo de nicotina pode contribuir com o prazer que eles sentem a partir do vício.
"Pode ser possível que químicos que elaboram medicamentos possam descobrir compostos que dêem alguns dos efeitos benéficos da nicotina e cortem os efeitos tóxicos", disse Stolerman.
Vários medicamentos à base de nicotina já estão em desenvolvimento, mas a equipe do King's College espera que este trabalho dê impulso a descobertas de outras susbtâncias que dêem ao cérebro um efeito mais amplo e duradouro do que a nicotina.
Riscos
O professor Stolerman acrescentou que não há razões para acreditar que a nicotina ou o fumo podem reduzir o risco de desenvolver demência, apenas ajuda a reverter sintomas.
"Apesar de a nicotina ter qualidades terapêuticas, quando é absorvida pelo fumo, os riscos à saúde são maiores que os benefícios", afirmou o professor Clive Ballard, da Sociedade Britânica de Alzheimer.
"O fumo aumenta o risco de demência vascular, a segunda forma mais comum de demência e está associada com vários riscos à saúde."
"É preciso fazer mais pesquisas para descobrir um tratamento seguro e eficaz para a demência, com os benefícios potenciais da nicotina, mas sem os riscos de saúde", afirmou.
A nicotina tem efeitos tóxicos e apresenta alto risco de vício. Mas os cientistas britânicos mostraram que a substância também pode melhorar o aprendizado, memória e atenção.
O efeito é pequeno, mas pode ajudar os pacientes que sofrem de demência a manter uma vida independente - sem a necessidade de auxílio de terceiros - por mais cerca de seis meses.
A equipe do King's College fez a experiência com ratos e mostraram que a nicotina melhorou a habilidade dos animais de realizar tarefas de forma mais precisa, particularmente quando eles eram distraídos.
Quando eram capazes de dedicar atenção total a uma tarefa, os animais respondiam corretamente a estímulos em cerca de 80% do tempo. A nicotina melhorava a taxa de precisão em cerca de 5%.
Mas, quando eram distraídos, a taxa de sucesso caiu para cerca de 55%. Neste caso, a nicotina trouxe a taxa de volta o nível de 85%.
"A nicotina, como muitas outras drogas, tem efeitos múltiplos, alguns prejudiciais e outros podem ser benéficos", afirmou Ian Stolerman, o chefe da pesquisa.
Efeito
Stolerman destacou que os efeitos positivos produzidos pela nicotina são pequenos e não trariam benefícios para a maioria das pessoas.
Mas, a nicotina poderia, potencialmente, fazer diferença para pacientes com demência.
O pesquisador acrescentou que a "melhora na função cognitiva" que muitos fumantes sentem a partir do consumo de nicotina pode contribuir com o prazer que eles sentem a partir do vício.
"Pode ser possível que químicos que elaboram medicamentos possam descobrir compostos que dêem alguns dos efeitos benéficos da nicotina e cortem os efeitos tóxicos", disse Stolerman.
Vários medicamentos à base de nicotina já estão em desenvolvimento, mas a equipe do King's College espera que este trabalho dê impulso a descobertas de outras susbtâncias que dêem ao cérebro um efeito mais amplo e duradouro do que a nicotina.
Riscos
O professor Stolerman acrescentou que não há razões para acreditar que a nicotina ou o fumo podem reduzir o risco de desenvolver demência, apenas ajuda a reverter sintomas.
"Apesar de a nicotina ter qualidades terapêuticas, quando é absorvida pelo fumo, os riscos à saúde são maiores que os benefícios", afirmou o professor Clive Ballard, da Sociedade Britânica de Alzheimer.
"O fumo aumenta o risco de demência vascular, a segunda forma mais comum de demência e está associada com vários riscos à saúde."
"É preciso fazer mais pesquisas para descobrir um tratamento seguro e eficaz para a demência, com os benefícios potenciais da nicotina, mas sem os riscos de saúde", afirmou.