Proibição à exportação do atum-rabilho é rejeitada
Uma proposta para proibir a exportação do atum-rabilho - considerado o de melhor qualidade para a produção de sushis - foi rejeitada em um encontro sobre vida selvagem da ONU.
Japão, Canadá e muitos países pobres se opuseram à proposta, alegando que ela iria devastar economias pesqueiras.
Mônaco apresentou a proposta na reunião da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies em Perigo (CITES, na sigla em inglês).
O estoque global do peixe caiu cerca de 85% desde o início de sua pesca intensiva.
Ao apresentar a proposta, Mônaco argumentou que o órgão responsável por monitorar a pesca do atum-rabilho - a Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (Iccat, na sigla em inglês) - não implementou medidas restritivas o suficiente para garantir a sobrevivência da espécie.
Cientistas e ativistas se mostraram decepcionados com o resultado.
"Acreditamos que seja um golpe, porque a Iccat não vem conseguindo demonstrar que pode implementar medidas que levem à recuperação (do atum-rabilho)", disse Glenn Sant, líder do programa marinho global da Traffic, a rede internacional que monitora o comércio de vida selvagem.
"Não há dúvidas de que (a proposta) cumpria os critérios (científicos)" para ser incluída na lista de espécies cujo comércio é restringido pela CITES - afirmou Sant à BBC da conferência em Doha, no Catar.
A intenção era que fosse instituída a proibição total do comércio do atum-rabilho.
Margem As votações da CITES podem ser revistas no último dia da reunião, mas a margem de votos sugere que a decisão não será revertida, afirma Sant.
Na primeira votação - sobre uma emenda da União Européia que enfraquecia a proposta original apresentada por Mônaco, mas endossava a proibição - a proposta foi derrotada por 72 votos a 43.
Na votação seguinte, da moção original, ela foi derrotada por 68 votos a 20.
Os países europeus tiveram que se abster da segunda votação, já que seus delegados não tinham autoridade de seus governos para votá-la.
A União Européia tem que votar em bloco em negociações como esta, e países com grande pesca de atum-rabilho, como a França, Itália e Espanha, não estavam propensos a apoiar uma proibição imediata.
O Japão - o principal país consumidor de atum-rabilho - se opôs à proposta desde antes do início da reunião da CITES, argumentando que a pesca comercial deve ser monitorada por órgãos como a Iccat.
Sue Lieberman, diretora de política internacional do grupo ambientalista Pew, sugere que o lobby da indústria pesqueira foi responsável pela rejeição da proposta.
"Esta reunião representava uma oportunidade de ouro para os governos adotarem uma postura contra a pesca excessiva, e muitos governos fracassaram em fazê-lo", disse ela.
"O mercado para este peixe é simplesmente muito lucrativo, e a pressão dos interesses pesqueiros muito forte para que governos suficientes apóiem um futuro verdadeiramente sustentável para este peixe."
Japão, Canadá e muitos países pobres se opuseram à proposta, alegando que ela iria devastar economias pesqueiras.
Mônaco apresentou a proposta na reunião da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies em Perigo (CITES, na sigla em inglês).
O estoque global do peixe caiu cerca de 85% desde o início de sua pesca intensiva.
Ao apresentar a proposta, Mônaco argumentou que o órgão responsável por monitorar a pesca do atum-rabilho - a Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (Iccat, na sigla em inglês) - não implementou medidas restritivas o suficiente para garantir a sobrevivência da espécie.
Cientistas e ativistas se mostraram decepcionados com o resultado.
"Acreditamos que seja um golpe, porque a Iccat não vem conseguindo demonstrar que pode implementar medidas que levem à recuperação (do atum-rabilho)", disse Glenn Sant, líder do programa marinho global da Traffic, a rede internacional que monitora o comércio de vida selvagem.
"Não há dúvidas de que (a proposta) cumpria os critérios (científicos)" para ser incluída na lista de espécies cujo comércio é restringido pela CITES - afirmou Sant à BBC da conferência em Doha, no Catar.
A intenção era que fosse instituída a proibição total do comércio do atum-rabilho.
Margem As votações da CITES podem ser revistas no último dia da reunião, mas a margem de votos sugere que a decisão não será revertida, afirma Sant.
Na primeira votação - sobre uma emenda da União Européia que enfraquecia a proposta original apresentada por Mônaco, mas endossava a proibição - a proposta foi derrotada por 72 votos a 43.
Na votação seguinte, da moção original, ela foi derrotada por 68 votos a 20.
Os países europeus tiveram que se abster da segunda votação, já que seus delegados não tinham autoridade de seus governos para votá-la.
A União Européia tem que votar em bloco em negociações como esta, e países com grande pesca de atum-rabilho, como a França, Itália e Espanha, não estavam propensos a apoiar uma proibição imediata.
O Japão - o principal país consumidor de atum-rabilho - se opôs à proposta desde antes do início da reunião da CITES, argumentando que a pesca comercial deve ser monitorada por órgãos como a Iccat.
Sue Lieberman, diretora de política internacional do grupo ambientalista Pew, sugere que o lobby da indústria pesqueira foi responsável pela rejeição da proposta.
"Esta reunião representava uma oportunidade de ouro para os governos adotarem uma postura contra a pesca excessiva, e muitos governos fracassaram em fazê-lo", disse ela.
"O mercado para este peixe é simplesmente muito lucrativo, e a pressão dos interesses pesqueiros muito forte para que governos suficientes apóiem um futuro verdadeiramente sustentável para este peixe."