Cientistas descobrem a base da alimentação de 30 mil anos atrás
Um estudo sobre a morfologia de fósseis de mandíbulas humanas do período Pleistoceno superior, que terminou a cerca de 30 mil anos, sugere que os principais alimentos da época no Sudeste Asiático eram carnes secas e folhas de palma.
O estudo foi publicado nesta quarta-feira (6) pela revista americana "PLOS". Os fósseis humanos, descobertos em 1957 na Malásia e agora revisados por uma equipe de cientistas da Austrália, indicam que os humanos da época tinham que lidar com alimentos "muito duros".
"Esses primeiros humanos modernos aparentemente se adaptaram a uma vida difícil nas florestas tropicais com seus corpos muito pequenos e suas mandíbulas sólidas para mastigar alimentos realmente difíceis", disse o autor principal principal do estudo, Darren Curnoe, da Universidade de Nova Gales do Sul.
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Curnoe e seus colegas examinaram três mandíbulas humanas encontradas nas carvenas de Niah, na Malásia, um sítio arqueológico muito estudado nas últimas décadas.
Utilizando técnicas de datação de urânio, os pesquisadores estimaram que uma das mandíbulas tem cerca de 30 mil anos. As outras duas seriam de homens que viveram há 11 mil e 10 mil anos.
A mais antiga delas é menor e mais robusta em comparação com as outras, o que sugere, segundo os autores, que estava submissa à tensão que poderia ter sido causada pelo consumo de carnes secas ou folhas de palma, uma dieta que já havia sido identificada.
Os pesquisadores concluíram que o estudo ajuda a dar ideia da dieta que era seguida por esses humanos que vivam nas florestas tropicais do Sudeste Asiático na época.
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