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Ipec consolidou Bolsonaro como favorito à posição de cabo eleitoral de Lula
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Segundo a definição do glossário disponível no site do TSE, cabo eleitoral é o "indivíduo encarregado de obter votos para certo partido ou candidato." A nova pesquisa do Ipec (ex-Ibope) consolida Bolsonaro como candidato favorito à posição de principal cabo eleitoral do seu rival. Ao disseminar raiva e tensão, o presidente facilita a estratégia de Lula de transformar sua candidatura num movimento que o leva para territórios que pareciam bloqueados para o petismo.
Segundo o Ipec, Lula obteve 52% dos votos válidos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos. Nessa conta, que exclui votos brancos e nulos, como faz o TSE na aferição das urnas, o piso de Lula seria de 50%. E ainda faltaria um "tiquinho" de votos para a vitória no primeiro turno. No teto da margem de erro, Lula teria 54%. Nessa hipótese, derrotaria Bolsonaro dentro de 12 dias, em 2 de outubro.
Bolsonaro sonhou com uma polarização entre a sua direita e a esquerda de Lula. Ao marchar na direção do centro, Lula isolou o capitão no seu cercadinho. O movimento começou na formação da chapa, com a atração do tucano Geraldo Alckmin. Cresceu na semana passada, quando Lula fez as pazes com Marina Silva. Chegou ao mercado nesta segunda-feira, com a foto de Lula ao lado de ex-presidenciáveis não petistas, entre eles o liberal Henrique Meirelles. O dólar recuou 1,79%. A bolsa subiu 2,33%.
Esta foi a quinta rodada do Ipec desde 15 de agosto. Na primeira, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro era de 12 pontos. Agora é de 16. Lula avançou pela terceira semana consecutiva. Bolsonaro permaneceu estacionado. O petista cresce graça à adesão dos que não tinham candidato. Em cinco sondagens do Ipec, o pedaço indeciso do eleitorado recuou de 16% para 11%. A coluna de votos brancos e nulos caiu de 9% para 7%.
O voto útil dos eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet ainda não veio. Ciro tinha 6% em 15 de agosto. Agora tem 7%. Simone subiu de 2% para 5%. Mas a migração ainda pode ocorrer. Entre os eleitores de Ciro, 53% admitem trocar de candidato. O índice de migração sobe para 60% no eleitorado de Simone. O cheiro de derrota leva Bolsonaro a flertar com o Apocalipse. Lula conta com a radicalização do rival para atrair o eleitor não petista para o seu movimento.
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