Vídeo de incêndio em refinaria no Irã não é de agora, mas de 2023
Naira Zitei
Colaboração para o UOL, de São Paulo
15/01/2024 15h58
Não é de agora um vídeo que circula nas redes sociais de um incêndio em uma refinaria de petróleo no Irã.
As imagens são reais, mas o caso ocorreu em janeiro de 2023.
O UOL Confere considera distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
Relacionadas
O que diz o post
A publicação mostra um vídeo de um incêndio com chamas altas, no período da noite.
Enquanto aparecem as imagens, há um texto sobreposto que diz: "URGENTE: IRÃ ESTÁ SOB ATAQUE" e "Diversas explosões estão sendo registradas no país, inclusive em bases militares e refinarias de petróleo. Defesas aéreas estão atuando em todo o território. explosões foram registradas nas cidades de Hamedan, Isfahan e Karaj".
Na legenda é colocado ainda: "Deus tenha misericórdia".
Por que é distorcido
Vídeo não é de agora. A gravação original foi localizada por meio de busca reversa de imagens (aqui), que indicou reportagens publicadas em janeiro de 2023 (aqui e aqui). Além disso, uma busca simples no Google com as palavras em inglês "iran oil refinery fire january 2023", indicam outras matérias, que explicam que caso ocorreu em uma refinaria de petróleo próxima da cidade de Tabriz, na província do Azerbaijão Oriental, no Irã (aqui). Na época, um bombeiro ficou ferido. A causa do incêndio não foi determinada
Houve, de fato, uma série de explosões no mesmo dia em uma fábrica de armas na cidade de Isfahan, porém não foi possível comprovar ligação entre os casos. As autoridades do Irã afirmaram que os ataques em Isfahan teriam sido feitos por drones (aqui). O jornal americano Wall Street Journal publicou que supostamente a responsabilidade pelo ataque seria de Israel, "de acordo com autoridades dos EUA e pessoas familiarizadas com a operação" (aqui). Na época, Israel não se manifestou (aqui e aqui).
O conteúdo também foi checado pelo Estadão (aqui).
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
Fabíola Cidral conta como reconhecer logo de cara uma fake news