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Premiê da Bulgária não sofreu tentativa de assassinato, mas renunciou

08.fev.2024 - O líder partidário Ahmed Dogan escapou de um ataque, em 2013, na Bulgária Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução Instagram

Letícia Dauer

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/02/2024 16h05

É falso que o primeiro-ministro da Bulgária, Boyko Borisov, sofreu uma tentativa de assassinato, como sugerem postagens nas redes sociais.

O vídeo, na verdade, mostra o líder do partido Movimento pelos Direitos e Liberdades da Bulgária, Ahmed Dogan, escapando de um ataque, em 2013. Entretanto, no mesmo ano, Borisov de fato renunciou ao cargo.

O UOL Confere considera distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.

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O que diz a postagem

Vídeo mostra um jovem invadindo o palco e apontando a arma para a cabeça de Ahmed Dogan, que discursava em conferência do partido no Palácio Nacional da Cultura em Sofia, na Bulgária. Após o revólver falhar, o autor —identificado como Oktai Enimehmedov— é imobilizado e agredido com chutes e pontapés pelos seguranças do evento.

A postagem é acompanhada da seguinte legenda: "tentativa de assassinato ao Primeiro Ministro da Bulgária....O primeiro-ministro da Bulgária, o conservador Boyko Borisov, apresentou renúncia do seu Governo após dez dias de intensos protestos populares contra altos preços da eletricidade...Vai aprendendo aí iludidos por Bozo!!!?".

Por que é distorcido

Primeiro-ministro da Bulgária não sofreu ataque. Uma busca reversa de imagens pelo Google (aqui) levou à plataforma de vídeos francesa Dailymotion (aqui) que exibe o vídeo da conferência com a legenda "Ahmed Dogan foi vítima de uma tentativa de assassinato durante a conferência do seu partido, o MRF, em Sófia (Bulgária)". Na época, o jornal búlgaro "The Sofia Globe" (aqui) e outras agências de notícias (aqui, aqui e aqui) confirmaram a tentativa de atentado ao líder do partido.

Borisov renunciou ao cargo. De fato, como a legenda da publicação afirma, o primeiro-ministro de fato abdicou do cargo, após dez dias de intensos protestos populares contra os altos preços da eletricidade, em fevereiro de 2013 (aqui). Durante as manifestações, mais de 3.000 pessoas entraram em confronto com a polícia. Antes de enviar o pedido de renúncia ao Parlamento, o político conservador havia demitido o ministro das Finanças e prometeu que baixaria o preço da eletricidade em 8%.

Viralização. Vídeo publicado no Instagram registra, nesta quarta-feira (7), 1,5 milhão de visualizações, 12,2 mil curtidas e 3 comentários.

O conteúdo também foi checado pelo Estadão Verifica.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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