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Alagoas tem 26 mortos e 73 mil desabrigados pelas chuvas; Estado terá dois hospitais de campanha

Cenário de destruição no município de União dos Palmares; <strong> veja mais imagens </strong> - Beto Macário/UOL
Cenário de destruição no município de União dos Palmares; <strong> veja mais imagens </strong> Imagem: Beto Macário/UOL

Carlos Madeiro

Especial para o UOL Notícias<br>Em Alagoas

21/06/2010 21h20

A Defesa Civil de Alagoas confirmou na noite desta segunda-feira (21) mais sete mortes em Alagoas por conta das enchentes, aumentado para 26 o número de óbitos no Estado desde a última sexta-feira (18). O número de feridos e desabrigados também cresceu.

Segundo o novo boletim, as mortes foram confirmadas nos municípios de União dos Palmares (9), Murici (6) e Rio Largo (3), Branquinha (4), Santana do Mundaú (2), Joaquim Gomes (1) e Paulo Jacinto (1). Segundo a Defesa Civil municipal, União dos Palmares, o mais atingido pelas enchentes, já contabiliza 12 mortos.

A Defesa Civil informou ainda que existem 607 desaparecidos, 500 deles em União dos Palmares. Porém, a prefeitura municipal já corrigiu o número e estima em 40 o número de pessoas desaparecidas. Rio Largo e Murici possuem juntos 50 pessoas desaparecidas.

Doações aos desabrigados

Banco do Brasil - C/C 5241-8 / Agência 3557-2

Caixa Econômica Federal – C/C 955-6 / Agência 2735 / Operação 006

O número de desabrigados chegou a 73.828 em 26 municípios. Murici tem 15.000 pessoas nessa condição, enquanto União dos Palmares, 11 mil. Em relação a danos materiais, a Defesa Civil já contabiliza 11.425 casas destruídas e 7.584 danificadas. Ao todo, 236 prédios públicos também foram atingidos.

Para atender às vítimas, foram distribuídas 8.000 cestas básicas para os municípios afetados. Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira e equipes do Exército auxiliam na distribuição e também ajudam no atendimento às vítimas.

Já a Companhia de Saneamento de Alagoas informou que 20 carros-pipa foram enviados para abastecer os municípios que ainda enfrentam deficiência. Em nota, a empresa diz que o fornecimento de água ainda encontra dificuldade em seis cidades do Estado.

Estado terá dois hospitais e campanha
Até o momento, o Estado registra 1.141 feridos, 63 graves. O número de enfermos é de 834. “O problema começa a vir com 72 horas, quando surge a diarreia, as doenças de veiculação hídrica. Temos maior preocupação com isso neste momento, principalmente levando água potável às pessoas”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Herbert Motta, que percorreu as cidades atingidas nesta segunda-feira.

Nesta terça, o Estado monta dois hospitais de campanha para atender as vítimas. Médicos especialistas em atendimento de catástrofes chegaram do Rio de Janeiro. Um dos hospitais deve ficar em Branquinha, enquanto o outro deve ficar em um município do Vale do Paraíba. “Esses hospitais podem realizar até minicirurgias”, afirmou.

Ainda segundo a Defesa Civil, 200 km de rodovias foram danificados, enquanto a BR 101 segue interditada em dois pontos nos municípios de Rio Largo e Novo Lino.