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Somente no período da manhã, PM multa sete motoristas por falta de cadeirinha em SP

Blitz na avenida da Consolação, em São Paulo, fiscaliza o transporte de crianças segundo a nova lei  - Rahel Patrasso/ Futura Press
Blitz na avenida da Consolação, em São Paulo, fiscaliza o transporte de crianças segundo a nova lei Imagem: Rahel Patrasso/ Futura Press

Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

08/09/2010 19h10

Ao menos sete pessoas foram multadas pela Polícia Militar de São Paulo nesta quarta-feira (8) por transportar crianças de até 7 anos e meio fora das cadeirinhas. Os motoristas terão de desembolsar R$ 191,54, além de ganhar sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O balanço divulgado pela PM é referente apenas aos seis bloqueios feitos pelo CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) em diferentes regiões da cidade, das 11 às 12h30.

Segundo a PM, dos 75 carros parados, 61 levavam crianças. Desses, 54 estavam de acordo com a nova lei e sete não possuíam os assentos especiais.

A lei está em vigor desde o dia 1º, mas a PM só começou a multar hoje. De acordo com a nova medida, os recém-nascidos com até um ano de idade devem ser transportados no bebê-conforto. De um a quatro anos, as crianças devem ir em cadeirinhas. Já entre quatro e sete anos e meio, o ideal é que utilizem o "booster" -- assento elevatório.

Com relação às crianças entre sete anos e meio e dez anos de idade, o correto é viajar somente no banco traseiro, com a utilização do cinto de segurança.

Segundo especialistas, a nova regra busca corrigir uma deficiência da legislação em vigor, que obriga a utilização do cinto de segurança inclusive no banco traseiro, mas não especifica nem exige que haja um equipamento adequado para as crianças.

De acordo com relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado no ano passado, a utilização correta da cadeirinha reduz em 70% a possibilidade de morte de um bebê em acidente.

Há, porém, obstáculos e deficiências que colocam em xeque o sucesso da medida. Segundo a entidade, dos 178 países avaliados, embora a norma existisse em mais de 90% dos ricos e 20% dos pobres, em apenas 14% a lei era eficiente.