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PM expulsa policiais envolvidos no caso Rafael Mascarenhas

Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

05/10/2010 19h15

A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro confirmou na tarde desta terça-feira (5) que os policiais envolvidos no caso da morte do jovem Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, no dia 20 de julho, foram expulsos da corporação.

Marcelo José Leal Martins e Marcelo de Souza Bigon estão presos e são acusados de corrupção passiva, falsidade ideológica e de descumprimento de missão. Segundo a denúncia, eles teriam cobrado R$ 10 mil de propina para liberar Rafael Bussamra, que dirigia o carro que atropelou o filho da atriz.

O inquérito da PM concluiu que os dois policiais violaram a ética e o dever policial, "indo contra termos estabelecidos pelas normas estatutárias em vigor na Lei Estadual 443/198".

A solução do inquérito, assinada nesta terça-feira pelo comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, afirma que "os dois não possuem os requisitos indispensáveis à condição de policial militar, pois divorciaram-se dos ensinamentos que lhe foram ministrados em suas formações acadêmicas".

O inquérito que apurou as circunstâncias do crime militar cometido pelos dois policiais tem três volumes e 632 páginas. A assinatura do comandante-geral corrobora decisão do Conselho de Disciplina instalado ao fim do IPM.

O conselho afirma, no texto da solução do inquérito, que não resta dúvida quanto às condutas inadequadas e ofensivas ao decoro militar. O inquérito apurou que de fato houve a abordagem ao veículo conduzido por Rafael Bussamra minutos depois do atropelamento do jovem Rafael Mascarenhas.

A investigação da Polícia Militar confirmou ainda que os dois fizeram deslocamentos não-autorizados, de acordo com as informações colhidas pelo sistema de GPS do Centro de Comando e Controle.

Os policias negam as acusações.