Chega a 12 o número de mortos durante operações da polícia no RJ

O número de supostos criminosos mortos só nesta quarta-feira (24) no Rio de Janeiro em operações realizadas pela polícia para reprimir a onda de violência deflagrada no início dessa semana chega a 12, segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Militar. Oito mortes ocorreram no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, três na favela Faz-quem-quer, que fica em Rocha Miranda, na zona norte da capital e uma morte na comunidade Tuiuti.

Já o número de suspeitos presos subiu para 13. Além disso, foram apreendidas dez armas --entre elas um fuzil, uma espingarda e uma submetralhadora-- e grande quantidade de droga.

Em Belford Roxo, três mortes ocorreram em Guaxá e quatro no Jardim Floresta --o local da última morte na região não foi divulgado. A polícia informou que continua a operação iniciada ontem em favelas e comunidades do Rio e da região metropolitana.

Desde a noite de ontem pelo menos 19 veículos foram queimados. No quarto dia consecutivo de ataques ao Rio de Janeiro, a Polícia Militar ordenou nesta que todos os seus efetivos no Estado permaneçam de prontidão.

Uma determinação do comandante geral da PM, Mário Sérgio Duarte, obriga todos os policiais de folga a retornar  para seus batalhões, enquanto que os colegas que já estão trabalhando não poderão voltar para casa até segunda ordem.

Ontem, com a Operação Fecha Quartel, 1.200 policias militares deixaram de fazer serviços burocráticos para ajudarem no policiamento das ruas. Outras medidas adotadas foram a criação do Centro de Inteligência, no 22ºBPM (Maré), para monitoramento de todas as ações, e a entrada em circulação de mais de 300 novas motos para reforçar o patrulhamento.

Operações

Ontem, a Polícia Militar  realizou operações em 18 favelas da região metropolitana da capital para conter a violência. Pelo menos 11 pessoas foram presas e duas foram mortas. Também foram apreendidos 50 quilos de maconha, 2.000 papelotes de cocaína e uma pistola.

A polícia investiga se os ataques estão sendo orquestrados pelas facções criminosas Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). “Em tese, as ordens são do Comando Vermelho", disse ontem o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame.