Federação tem prejuízo de R$ 500 mil com cada ônibus queimado no Rio, mas diz que não haverá redução no transporte
Moradores tentam se proteger de tiros
Mesmo com o registro de cinco ônibus incendiados em menos de 24 horas, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) informou hoje (24) que não haverá redução da frota que circula pela região metropolitana da capital, local dos ataques.
O diretor de Comunicação da Fetranspor, João Augusto Monteiro, descartou qualquer tipo de interrupção na circulação dos ônibus, inclusive durante a madrugada. Ele admitiu, porém, que se o volume de ataques aos veículos continuar a crescer, poderá afetar a qualidade do transporte oferecido à população.
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”Neste momento, não há qualquer redução na atividade do transporte, o deslocamento continua normal. Mas claro que se o volume de ocorrências aumentar, vai afetar. Vamos ter que ir acompanhando e torcer para que esses ataques não ocorram mais”, disse.
Segundo Monteiro, apesar de ataques como esses já terem acontecido anteriormente, nunca houve tantos em tão curto espaço de tempo. Ele ressaltou que a Fetranspor está orientando os motoristas a manterem a calma. “Que os motoristas sejam absolutamente cautelosos e fiquem atentos para que consigam proteger a vida daquela pessoa que está se deslocando no veículo”, acrescentou.
O motorista de ônibus Agostinho Ferreira, na profissão há 22 anos, explicou que dirigir um ônibus, com os últimos acontecimentos, mexe com o estado psicológico. “Sinto muito medo. Receio de pessoas entrarem no carro, incendiar com a gente e com os passageiros. Às vezes, vemos um grupo de três ou quatro na frente e a adrenalina já sobe. A empresa só mandou a gente ficar de olho, mas as coisas acontecem do nada, em qualquer ponto da cidade”, disse Ferreira.
A Fetranspor informou que cada ônibus queimado representa prejuízo de R$ 250 mil.
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- * Dados colhidos a partir das 22h de quinta-feira, 23/11
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