Depois de bandidos furarem pneus de caveirão, polícia usa blindados movidos a esteiras
A Polícia Militar do Rio de Janeiro recebeu nesta quinta-feira o reforço de seis blindados da Marinha brasileira. Segundo a PM, não são tanques, mas veículos blindados do modelo M113. A vantagem dos veículos é que, como são movidos a esteiras, não correm o risco de ter os pneus furados, como aconteceu ontem com um "caveirão", veículo utilizado pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais, da PM).
Ontem, quando o Caveirão manobrava no bairro, foram colocados obstáculos com barras metálicas --conhecidos como jacarés-- embaixo dele, furando três de seus seis pneus, impedindo o trabalho dos policiais.
Os blindados têm capacidade para 12 pessoas e são equipados com artilharia antiaérea, com metralhadoras calibre .50.
Segundo o chefe de Estado Maior da Polícia Militar, Coronel Álvaro Garcia, há 160 homens do Bope na operação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na zona norte do Rio, onde ocorre uma operação do batalhão.
Desde ontem, a PM realiza operações no Alemão, o maior complexo de favelas sob domínio do tráfico no Rio de Janeiro, do qual faz parte a favela da Vila Cruzeiro. No local, ainda há movimentação de veículos do Corpo de Bombeiros e de ambulâncias do Hospital Estadual Getúlio Vargas. A unidade tem sido a principal central de atendimento a feridos nos confrontos contra o tráfico na região.
Clima tenso
No bairro da Penha, o clima é de tensão. A Avenida Brás de Pina, apesar de aberta para circulação de veículos, não registra movimento de carros de passageiros. O comércio na região toda está fechado e há tiroteio entre a polícia e os bandidos. "É normal que o bandido tente impedir a operação", disse o coronel. Sobre o objetivo da operação do Bope, Garcia afirma que é "restituir a cidadania para a população de bem da Vila Cruzeiro". Ele ainda completou que a operação não tem data nem hora para acabar.
Veja os locais onde veículos foram incendiados no Rio de Janeiro*
Total de mortos: 23 Locais em que veículos foram incendiados |
- Fonte: Relatório divulgado pela PMERJ
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.