Disque-Denúncia já recebeu mais de mil ligações sobre guerra contra o tráfico no Rio

O serviço Disque-Denúncia do Rio de Janeiro registrou desde que a onda de ataques começou, no domingo (21), 1.091 ligações relacionadas ao caso. Somente na manhã desta sexta-feira (26), foram 144 denúncias, 49 sobre a guerra contra o tráfico.

Ontem, o serviço teve uma procura recorde e foram cadastradas 1.042 denúncia, o maior volume de ligações em um único dia desde a criação do serviço, em agosto de 1995.

O recorde superou o número de ligações telefônicas em um único dia de casos emblemáticos, como a morte do menino João Hélio Fernandes, 6, em fevereiro de 2007, que morreu após ser arrastado ao longo de sete quilômetros pelo carro dos pais que acabara de ser roubado por três homens em Oswaldo Cruz; o assassinato por policias militares de 29 pessoas na Baixada Fluminense, em março de 2005, e o assassinato do jornalista Tim Lopes na favela da Vila Cruzeiro, Complexo do Alemão, em junho de 2002.

A central comunitária de atendimento recebe informações anônimas da população sobre atividades criminosas, como arrastões e incêndios de veículos, por exemplo.

Algumas das denúncias resultaram em ações bem sucedidas, como a que ocorreu na manhã de ontem em Belford Roxo. Policiais do 39° BPM foram verificar a denúncia recebida no último dia 23 de que haveria armas no endereço fornecido pelo denunciante. No local, eles apreenderam um fuzil, duas metralhadoras, três pistolas PT 40, quatro pistolas 9 mm e cinco pistolas PT 380. Também foram presos dois suspeitos.

O Disque-Denúncia deve ser acessado pelo telefone (21) 2253-1177. O serviço garante o anonimato do denunciante que passa, assim, a participar de maneira segura da luta contra o crime. As ligações não são rastreadas ou gravadas. A Central de Atendimento mantém seu funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana. Uma equipe de 42 atendentes treinada em escuta qualificada, registra as demandas da população.

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• Fonte: Relatório divulgado pela PMERJ