Ação emergencial após chuva em SC custaria R$ 1 bi; 64 cidades estão em emergência
Em rápido encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o governador catarinense, Raimundo Colombo (DEM), na noite de quarta-feira (26), em Brasília, o governo federal garantiu R$ 40 milhões para ajudar na recuperação de regiões de Santa Catarina que sofrem com as chuvas e as cheias neste início do ano. Porém, os recursos, segundo autoridades estaduais, são suficientes apenas para iniciar ações emergenciais em SC. Até o momento, o Estado tem 64 cidades em situação de emergência. No total, 71 municípios já foram afetados pelas chuvas.
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A Defesa Civil de Santa Catarina preparou um levantamento parcial dos danos que as chuvas que atingem o Estado já causaram e chegou à cifra de R$ 413 milhões em prejuízos. Entretanto, o coordenador do órgão estadual, major Márcio Luiz Alves, acredita que seria necessário até R$ 1 bilhão para as ações emergenciais. O relatório coletou dados repassados por órgãos estaduais e pelas prefeituras das cidades atingidas.
O pedido da comitiva comandada por Colombo, em Brasília, era da ordem de R$ 100 milhões. Porém, os integrantes já sabiam que seria difícil chegar a essa quantia. “Não será suficiente, mas ainda assim é dinheiro que chega em boa hora. Alguns danos também serão assimilados pela sociedade. Sempre foi assim”, declara o coordenador da Defesa Civil de Santa Catarina.
A expectativa é de que o dinheiro chegue a Santa Catarina até a próxima segunda-feira (31). Serão destinados R$ 30 milhões do Ministério da Integração Nacional e R$ 10 milhões por meio do Ministério dos Transportes. Entretanto, como a necessidade é urgente, o governo estadual já liberou R$ 20 milhões esta semana.
“Serão R$ 50 mil para cada um dos municípios em situação de emergência, e R$ 200 mil para Mirim Doce, o único em que foi decretado estado de calamidade publica até o momento. Vamos dar prioridade à reconstrução de acessos nas localidades atingidas e restabelecer serviços essenciais, como educação e saúde. Queremos dar alimentação e dignidade à população”, explica Alves.
Durante a semana, também foi anunciado um pacote de benefícios às vítimas pelo Executivo catarinense, como a liberação de linhas de crédito para o setor agropecuário, prolongamento em 60 dias do prazo de recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e possibilidade de renegociação de dívidas com o governo estadual para as empresas nas áreas prejudicadas pelas enchentes.
A presidente Dilma Rousseff também pretende agendar uma visita ao Estado para conferir de perto a situação.
Municípios atingidos
Jaraguá do Sul será um dos destinos dos recursos federais. Localizada no Norte do Estado – uma das áreas mais afetadas pelas tempestades –, é um dos 64 municípios catarinenses que mantêm situação de emergência, segundo o relatório divulgado no início da tarde desta quinta-feira (27). Com 143 mil habitantes, teve 16 mil residências danificadas.
LISTA DOS MUNICÍPIOS
A quantidade de chuva na cidade foi de 145 mm, entre 17h30 e 19h30 na sexta-feira passada (21), o que equivale ao volume previsto para um período de 15 dias em janeiro. Os 182 desabrigados permanecem instalados no Parque Municipal de Eventos. Uma equipe com 40 técnicos, ao lado de engenheiros da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), avalia se há possibilidade de retorno às casas.
Os prejuízos no município, segundo levantamento feito pela prefeitura local, alcançam R$ 27,3 milhões. “Vamos encontrar uma grande dificuldade para reconstruir a cidade. Este ano, ainda tivemos a sorte de dar o alerta de forma antecipada, o que colaborou para evitar um desastre ainda maior”, relata o secretário da Defesa Civil de Jaraguá do Sul, Jair Alquini.
O desejo, agora, é que a previsão de mais chuvas não se reflita em mais dificuldades. No litoral norte, por exemplo, São Francisco do Sul constatou estragos na ordem de R$ 57 milhões. Choveu um recorde de 435 mm entre quinta-feira e sábado da semana passada – o dobro do esperado para o mês. Na Grande Florianópolis, a cidade de Santo Amaro da Imperatriz, distante 32 km da capital, registrou prejuízo de cerca de R$ 18 milhões.
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