Chance de menina atropelada por lancha em SC ter perna amputada é pequena, dizem médicos
A menina Tamara Dallafavera, 11, passa por mais uma cirurgia na tarde desta quinta-feira (10) após ter sido atingida por uma lancha de passeio, quando estava em um banana boat, na Praia Central, em Balneário Camboriu (SC). Segundo a equipe médica que cuida da menina, Tamara tem mais de 90% de chances de recuperação sem precisar amputar a perna.
O acidente aconteceu no último sábado (5). No mesmo dia, Tamara passou por uma cirurgia que durou seis horas, para colocação de enxerto nas pernas. Hoje, o procedimento é para a reconstituição da coxa direita, a parte mais prejudicada. Ela segue internada no Hospital Santa Inês, mas poderá ter alta daqui a uma semana. Porém, há chances dela ficar com uma perna maior que a outra, pois uma das cartilagens de crescimento foi esmagada.
O pai da menina, Adelar, 48, é comerciante em Viamão (RS), onde mora a família da vítima. A mãe, Mara Regina, está em Santa Catarina para visitar os irmãos, que moram em Itajaí. Ele acompanha as informações com a esposa por telefone, mas revela que agora está mais calmo. “Eu queria saber o que estava acontecendo, mas agora estou feliz”, disse o pai.
Adelar conversou também com a filha, e ouviu um pedido da menina antes de seguir para Balneário Camboriu. “Ela pediu para eu cuidar do cachorrinho dela”, lembrou o pai, sobre o yorkshire Bob, de dois anos. Depois de sair do hospital, Tamara ainda precisará passar aproximadamente três meses fazendo tratamento ortopédico.
Inquérito em 30 dias
Na Polícia Civil, já começaram os depoimentos dos envolvidos no atropelamento. O primeiro a comparecer foi Carlos Barcelos, o piloto da embarcação que puxa o banana boat. Ainda esta tarde, prestam esclarecimentos a mãe Mara Regina e a irmã de Tamara, Carolina, que estava no brinquedo no momento do acidente. A criança atingida será ouvida no hospital.
Até esta sexta-feira (11), deverá ser interrogado o condutor da lancha que atropelou o banana boat, o juiz aposentado Disney Sivieri. O homem teria se recusado a fazer o teste do bafômetro, mas garantiu que o piloto que rebocava a boia deixou-a atravessada em sua frente, e não houve tempo para desviar. A versão é diferente do relato de testemunhas e passageiros do brinquedo.
A expectativa é de que a investigação policial seja concluída em até um mês. A Capitania dos Portos de Itajaí também abriu um inquérito, que deve ficar pronto em 90 dias, mas já admite a possibilidade de rever as regras de navegação na área.
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