Mergulhadores inspecionam barco envolvido em acidente nas Cataratas do Iguaçu
O barco envolvido no acidente no lado argentino das Cataratas do Iguaçu começou a ser inspecionado por três mergulhadores e dez técnicos da Prefeitura Naval Argentina (equivalente à Marinha brasileira). A equipe está no rio Iguaçu, local do acidente, desde ontem para remover a embarcação, e não há prazo para finalizar a perícia.
O acidente, que ocorreu no Parque Nacional do Iguaçu, em Porto Iguaçu (ARG), cidade vizinha a Foz do Iguaçu (PR), deixou dois norte-americanos mortos, Laura Eberts, 28, e Philip Musgrove, 70. Laura estava em lua-de-mel e seu marido, Robert Eberts, 27, que também fazia o passeio, sobreviveu à tragédia.
Eberts está hospedado em um hotel de Porto Iguaçu e recebe assistência da Embaixada dos Estados Unidos na Argentina até que o corpo de Laura seja liberado para o translado. Outras sete pessoas integravam a excursão náutica --três tripulantes e quatro turistas. Todos ficaram feridos, mas já tiveram alta do hospital.
O barco pertence à empresa concessionária do passeio, Iguazú Jungle, que atua no parque desde 1996 e possui outras seis embarcações. A Prefeitura Naval é o órgão que regulamenta as lanchas para navegação em território argentino. Também é responsável pela fiscalização de todos os barcos que operam dentro do Parque Nacional do Iguaçu, na Argentina. A Marinha brasileira não participa da perícia e da fiscalização dos barcos que navegam no lado argentino do parque.
A Prefeitura Naval informou que não pode divulgar informações sobre a perícia porque a investigação agora é conduzida pela Justiça. O chefe da prefeitura, Jorge Daniel Verón, afirma que o piloto estava habilitado e a embarcação não apresentava problemas antes do acidente. Os cinco turistas que sobreviveram já foram ouvidos pela Prefeitura Naval e liberados para retornar aos países de origem.
Apesar de a causa do acidente ainda ser desconhecida, há fortes indícios de o barco ter se chocado com uma rocha. As condições climáticas no dia do acidente eram favoráveis, não chovia e a vazão das cataratas estava em 900 metros cúbicos por segundo, abaixo do normal que é 1.200 a 1.500 m³/s. O acidente ocorreu próximo ao Salto San Martin, o segundo mais forte do conjunto de quedas das Cataratas, depois da Garganta do Diabo.
Os passeios de barco no lado argentino continuam suspensos por tempo indeterminado, informou o guarda parque argentino José Calo. No lado brasileiro, há um passeio semelhante, com percurso diferente do argentino, que não foi interrompido.
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