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Aluno fugiu da escola enquanto atirador recarregava arma, diz tio

Claudia Dias<br>Especial para o UOL Notícias

No Rio de Janeiro

07/04/2011 13h38Atualizada em 07/04/2011 13h56

O aluno Patrick da Silva Figueiredo sobreviveu ao massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, enquanto o atirador recarregava a sua arma.

A informação foi passada pelo tio do garoto, Elias Campista da Silva, que foi visitar o garoto no Hospital Estadual Albert Schweitzer.

Segundo Elias, Patrick aproveitou a brecha enquanto o atirador recarregava uma das duas armas usadas no crime e fugiu, levando consigo uma colega de classe. Na fuga, no entanto, Patrick escorregou em uma poça de sangue, caiu e fraturou a perna e um dedo, segundo a família. De acordo com informações do tio de Patrick, o massacre começou em sua sala de aula.

Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, ex-aluno da escola, invadiu o prédio na manhã desta quinta-feira a escola municipal Tasso da Silveira e , segundo o coronel Mario Sergio Duarte, matou 11 crianças, além de ter se matado em seguida. O atirador deixou ainda 13 feridos, segundo a secretaria estadual de saúde do Rio.

O atirador disparou várias vezes contra os alunos de uma sala de aula de oitava série, com 40 alunos, no primeiro andar. Mais de 400 jovens estudam no local, em 14 turmas do 4º ao 9º ano.

Com o barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos.

"Poderia ter sido maior"

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse que o massacre  poderia ter sido maior, se um terceiro sargento da Polícia Militar não tivesse interferido. Segundo o governador, o sargento Alves, que cumpria uma operação na região, foi avisado por dois estudantes feridos que fugiram da escola no momento do massacre.

“Ele estava participando de uma operação a dois quarterões da escola e foi avisado por dois meninos que fugiram”, disse. Cabral afirmou que o sargento atingiu o atirador na perna quando ele estava no terceiro andar, quando ele já havia atirando contra os alunos e se preparava para atacar mais crianças. “Sem dúvida nenhuma a atuação dele [o sargento] foi fundamental. Ele já estava preparado para mais disparos."