Polícia afirma que não fará a reconstituição do massacre de Realengo
Daniel Milazzo<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>No Rio de Janeiro
11/04/2011 19h30
A polícia não fará a reconstituição do massacre de Realengo, que terminou com a morte de 12 adolescentes e do próprio autor do ataque, Wellington Menezes de Oliveira, 23, na última quinta-feira (7). Para os investigadores, como a autoria e a dinâmica do crime já são conhecidas, não haverá necessidade de reconstituição. Hoje, a escola municipal Tasso da Silveira foi lavada e organizada para que as aulas sejam retomadas na semana que vem.
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A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, que está á frente das investigações do caso, descarta a hipótese de que o massacre tenha sido cometido por motivação religiosa. Os investigadores também não acreditam na ligação do assassino com grupos extremistas.
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Um psicólogo forense do Instituto Médico Legal (IML) terá 30 dias para traçar um perfil psicológico de Oliveira. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) também irá investigar os hábitos do assassino no uso da internet. As informações serão enviadas à DH, que possui um prazo de 30 dias –prorrogáveis por mais trinta– para concluir o caso.
Embora os investigadores da DH ainda aguardem a conclusão de todos os laudos relacionados ao ocorrido, o delegado Felipe Ettore, titular da Divisão, acredita que o crime tenha sido cometido em decorrência de uma doença mental de seu autor.
Vendedor da arma
Está a cargo da Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (DRAE) descobrir o paradeiro de um homem conhecido como Robson que teria vendido o revólver calibre 32 para os intermediários Izaías de Souza e Charleston Souza de Lucena, que concluíram a negociação com o atirador. Todos são moradores de Sepetiba, zona oeste do Rio, local para onde Oliveira se mudou após a morte da mãe adotiva.
Na negociação, a arma foi comprada por R$ 260. Izaías e Charleston, que ficaram com R$ 30 cada um, estão presos no presídio Ary Franco. Segundo relatos colhidos pela polícia, Robson não foi mais visto desde o Carnaval. Suspeita-se que ele esteja morto.
O corpo de Oliveira ainda está no IML esperando por identificação. Se nenhum familiar for reconhecer o corpo até o dia 23 de abril, ele será enterrado como indigente.