Após último resgate no lago Paranoá, bombeiros tentarão içar barco com balões de flutuação
Maurício Savarese<br>Do UOL Notícias
Em Brasília
25/05/2011 08h42
As buscas pelo último passageiro do barco que naufragou no domingo (22) no lago Paranoá, em Brasília, recomeçaram às 7h desta quarta-feira (25). O Corpo de Bombeiros informou que depois de encontrarem o desaparecido tentarão içar a embarcação com balões de flutuação com capacidade para até doze toneladas.
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"O barco tem capacidade de pesar 15 toneladas, mas não vamos tirá-lo de uma vez. Vamos movimentá-lo, girá-lo e o resto do movimento ele acaba fazendo sozinho", disse Marco Negrão, comandante do grupo de busca e salvamento dos Bombeiros.
O Corpo de Bombeiros descartou, na noite desta terça (24), que o corpo esteja dentro do barco "Imagination". Além disso, foi identificada a oitava vítima do naufrágio, localizada por volta de 18h30 de hoje: trata-se de Robson Araújo, de 29 anos.
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"Não removemos os objetos que atrapalhavam dentro do barco, mas os movimentamos e podemos afirmar que não há ninguém ali", disse Negrão. Ele não descartou que o corpo do último desaparecido esteja embaixo do navio, mas considera a possibilidade remota.
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Para fazer o serviço, duplas de mergulhadores descerão até 17 metros de profundidade para prender correntes de aço na embarcação.
Nesta quarta-feira, os bombeiros levaram jornalistas ao posto de comando das operações no meio do lago. Dali, cerca de 60 mergulhadores, em turnos distintos, trabalham nas operações de resgate. Cada dupla passa aproximadamente 40 minutos na água, para voltar apenas três horas depois.
Por volta de 17h de ontem, o sétimo corpo havia sido retirado. A vítima, identificada pelo marido, é Waldelice Fernandes da Rocha, mãe do bebê que também morreu no acidente. O corpo foi localizado a cerca de 150 metros do local onde está o barco.
Investigação
A embarcação tinha licença para operar com 90 passageiros e dois tripulantes, mas o Corpo de Bombeiros diz que pelo menos 104 pessoas estavam a bordo.
Poucas horas depois do acidente, os bombeiros falavam em uma conjunção de fatores para a tragédia: número de passageiros acima do previsto, incapacidade de uma bomba para drenar a água e condições climáticas. No fim do dia, a polícia afirmava que rachaduras na estrutura do barco, encontradas por mergulhadores, podem ter causado o acidente. “Mas no fim só a perícia vai dizer exatamente o que pesou mais”, afirmou o delegado Matos.