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Projeto de motofrete em Belo Horizonte desagrada a motoboys

Espcial para o UOL Notícias<br>Em Belo Horizonte

27/05/2011 19h01

Os vereadores de Belo Horizonte aprovaram esta semana, em segundo turno, o projeto que regulariza a atividade de motofrete na capital. A nova regra, que visa a legalizar o transporte de pequenas cargas em motocicletas, motonetas ou triciclos motorizados na capital mineira, não agradou aos motoboys. Eles entregaram uma carta ao líder do PSB na Câmara de Belo Horizonte, João Marcos, pedindo iniciativas para barrar o projeto. 

O autor do projeto, vereador Gunda (PSL), afirmou que a legalização pode reduzir o número de acidentes envolvendo condutores sobre duas rodas. As ocorrências envolvendo motos em BH são preocupantes.

Segundo dados apresentados pela empresa que administra o trânsito na capital mineira, BHTrans, hoje as motos representam 13% da frota do município e estão envolvidas em 60% dos acidentes.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas e Ciclistas de Minas Gerais, Rogério Santos Lara, afirmou que os motoboys não estão satisfeitos com o projeto. Eles lamentam terem sido excluídos da fase de produção da proposta e pedem ampliação de algumas regras que podem prejudicar o trabalho nas ruas.

“Nós temos conhecimento do projeto, porém não fomos ouvidos adequadamente. Queremos uma lei de amplitude maior, que vai abranger todas as pessoas que tralham como motoboys. A regulamentação é necessária, mas queremos de ser ouvidos”, afirmou o motociclista. 

Outro ponto criticado por Lara é o pagamento de licenciamento, que deverá ser feito pelos interessados em trabalhar com motofrete. “Aí é o grande problema no projeto, tirou a comissão de motociclistas na formulação. Ficou só a comissão de vereadores e prefeitura. É claro que eles vão aprovar taxa para a gente pagar”, disse o presidente do sindicato.

Lara informou que neste fim de semana fará uma cartilha sobre o projeto para distribui aos motoboys. Caso julgar necessário, diz ele, o sindicato vai fazer uma passeata até a prefeitura reivindicando o veto da lei.