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São Paulo amanhece com operação parcial de trens da CPTM

Do UOL Notícias

Em São Paulo

01/06/2011 06h41

Moradores da capital e da Grande São Paulo que dependem do transporte ferroviário, operado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), encontram o sistema parcialmente parado desde as 4 horas - início das operações - em razão de greve decretada na noite de ontem durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A linha 12 - Safira, que liga Brás, no centro de São Paulo, até Calmon Viana, em Poá, na Grande São Paulo, está totalmente parada. A linha 11 - Coral, está inoperante entre a estação Estudantes, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e a estação Guaianazes, na zona leste de São Paulo. Neste trecho, foram acionados ônibus por meio do Plano de Apoio entre as Empresas em Situação de Emergência (Paese). Já entre as estações Guaianazes e Luz, os trens circulam normalmente.

Segundo a assessoria de imprensa da CPTM, as linhas 7 - Turquesa (Jundiaí - Luz); 8 - Diamante (Júlio Prestes - Itapevi); 9 - Esmeralda (Osasco - Grajaú) e 10 - Rubi (Luz - Rio Grande da Serra) operam normalmente. Já o presidente do Sindicato da Zona Sorocabana, Múcio Alexandre Bracarense, afirma que a linha 8 - Diamante (Júlio Prestes - Itapevi) opera apenas com 50% da capacidade e a linha 9 - Esmeralda (Osasco - Grajaú), com 60% dos trens programados para o horário de pico.

O Tribunal Regional do Trabalho determinou que 90% dos trabalhadores da CPTM trabalhem durante o horário de pico (das 5h às 10h e das 16h às 20h) e 70% nos demais horários. O contingente que opera nesta manhã não atinge os 90% do efetivo exigidos pelo TRT para o horário de pico.

A CPTM ofereceu aos funcionários um reajuste salarial de 3,07%, mas a proposta foi rejeitada. Uma nova assembleia foi marcada nesta quarta-feira, às 18h, para debater novo acordo salarial.

ABC Paulista

Uma greve de ônibus atinge desde a 0h as sete cidades do Grande ABC paulista. O Sindicato dos Rodoviários da Região do Grande ABC confirmou a paralisação nesta manhã.

A categoria rejeitou proposta de aumento salarial de 8% apresentada pelos empregadores na noite de ontem (31). Os trabalhadores reivindicam 15% de reajuste, além de melhorias trabalhistas.

Com isso, não estão circulando coletivos municipais e intermunicipais em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Metrô: greve adiada

Metroviários deixam para quinta-feira decisão sobre greve da categoria

Representantes do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo decidiram retirar, nesta terça-feira (31), a proposta de votação de greve aos trabalhadores do metrô de São Paulo. A medida foi tomada após os sindicalistas apontarem “falta de unidade” entre a categoria, em uma prévia da escolha por parte da assembleia, que reuniu pouco mais de 1.200 pessoas na sede da entidade, no Tatuapé (zona leste). A decisão sobre greve, no entanto, foi adiada para uma nova assembleia - a ser realizada na próxima quinta (2).

A categoria reivindica reajuste de 10,79% conforme o IGPM. O Metrô apresentou hoje a sugestão de 1,3% de aumento real acrescido ao reajuste de 6,39% sugeridos a partir do cálculo IPC-Fipe --ou seja, aumento de 7,77% sobre os salários atuais.

Há outros pontos da pauta em negociação, tais como vale alimentação que, de atuais R$ 100, a empresa propõe reajuste de 50%. Os funcionários pedem aumento para pouco mais de R$ 311. Em caso de descumprimento da decisão do TRT, frisaram os sindicalistas na assembleia, a multa diária é de R$ 100 mil a ser convertida a hospitais da cidade.

Pouco após as 20h, com a assembleia já em andamento, os representantes do sindicato anunciaram ter recebido, naquele momento, fax remetido pelo presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, com nova proposta de reajuste --8%, ou 0,23% a mais que o sugerido anteriormente.

As manifestações foram unânimes: o avanço havia sido ínfimo, insuficiente para barrar eventual decisão de greve. Representantes do sindicato, no entanto, alertaram para os "riscos" de não se aceitar a proposta -- mas foram abafados pelos gritos de greve.

Nota oficial
Em nota publicada na tarde de ontem -- a última havia sido divulgada na quinta-feira (26) --, o Metrô informou que, além da proposta de reajuste salarial, ofereceu também o reajuste de 50% no vale alimentação mensal --para R$ 150. Já no caso de metroviários que moram fora da cidade de São Paulo, a empresa prometeu auxílio-transporte e, aos demais, a ampliação do auxílio-creche, agora também para filhos com deficiência, sem limite de idade. Outra iniciativa foi a ampliação no tempo da licença maternidade, também proposta de quatro para seis meses.

“Dentre os itens negociados está a nova PLR --Participação nos Lucros e Resultados, que será equivalente a um salário extra, o 14º salário, concedida aos empregados mediante cumprimento de metas estabelecidas pela companhia. A proposta do Metrô foi acatada pelo TRT e consolidada pelo Ministério Público Estadual, que a considerou extremamente razoável para o fechamento de acordo”, diz trecho da nota oficial.

Sabesp
Em assembleia na noite de terça-feira, trabalhadores da Sabesp também decidiram entrar em greve a partir de hoje. De acordo com o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), foram feitas cinco rodadas de negociação com a Sabesp.

Nesta quarta, será realizada uma nova assembleia para avaliar o movimento de greve. A categoria pede aumento de 7,33%, mas foi oferecido 6,39%. Por meio de nota, o sindicato informou que manterá plantões para garantir o abastecimento de água e que os serviços essenciais não serão afetados.