CNBB diz que decisão do Supremo não faz defesa ao uso da maconha
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno Assis, afirmou nesta sexta-feira (17) que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) desta semana, que permitiu manifestações populares pela liberalização da maconha, não configurou apologia ao uso da droga.
“O Supremo permitiu a manifestação. O Supremo não fez apologia ao uso da maconha”, resumiu Assis.
A afirmação denota, além da disposição dos religiosos em lidar do tema sem preconceito, a abertura da instituição católica em tratar das possibilidades de uso da erva para outros fins.
“Declaro que nós, a Igreja [católica], sempre nos opomos ao uso, a não ser em casos terapêuticos. Mas ao uso comum pela pessoa, nós nos opomos”, afirmou o cardeal.
Raymundo Damasceno Assis, que também é arcebispo de Aparecida do Norte (SP), destacou que com a liberdade de expressão, preservada ainda mais pela decisão do STF, a população poderia ser organizar para fazer atos públicos contra o uso de drogas.
Assis defende que a criminalização fique centrada na figura do traficante, não na do dependente da droga.
O cardeal relembrou que o papel da Igreja Católica tem sido de ajudar os dependentes químicos a se livrar do vício em locais chamados de “fazenda esperança”, presentes em quase todos os Estados do Brasil.
“Não podemos criminalizar o dependente, ele tem que ser tratado. Temos que criminalizar o traficante, quem produz, quem comercializa.”
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.