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Homem dirige na contramão por mais de 30 km na Washington Luiz e causa acidente com 2 mortos

Na contramão, motorista bateu de frente com outro veículo; ele e a ocupante do outro carro morreram no local - Mauricio Duch/São Carlos Agora/Futura Press
Na contramão, motorista bateu de frente com outro veículo; ele e a ocupante do outro carro morreram no local Imagem: Mauricio Duch/São Carlos Agora/Futura Press

José Bonato<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Ribeirão Preto (SP)

19/06/2011 13h35Atualizada em 19/06/2011 18h08

Um homem de 67 anos morreu e matou uma mulher ao trafegar na contramão, em alta velocidade, por mais de 30 km na rodovia Washington Luiz, no interior de São Paulo, na noite de sábado (18). Segundo a Polícia Rodoviária, Luiz Roberto Pagotto saiu de Araraquara por volta das 22h e seguiu em direção a São Carlos, em um carro Siena.

Ao ser avisada de que um veículo estava na contramão, a Polícia Rodoviária tentou desviar o tráfego na rodovia para evitar acidentes. A primeira vítima do motorista foi um casal em Ibaté, cidade entre Araraquara e São Carlos. Para não bater de frente com o carro na contramão, o motorista do outro veículo fez uma manobra brusca e acabou capotando. Ninguém ficou ferido.

Pouco depois, no km 239, em São Carlos, Pagotto bateu de frente com um Pegeout, no qual estava o casal Anderson Aparecido Antônio, 39, e sua mulher, a secretária Maria Helena Lucatelli Antônio. Pagotto e a mulher do Pegeout ficaram gravemente feridos e foram levados para a Santa Casa, onde morreram. O outro homem sobreviveu.

A polícia afirma que ainda não sabe por que o motorista, que era paraplégico, dirigiu por tanto tempo no sentido contrário da via.

“Estamos chocados e sem entender o que aconteceu”, afirmou uma familiar de Pagotto, que pediu para não ser identificada. De acordo com ela, o motorista estava feliz porque tinha comprado um carro novo. Ele era separado; a ex-mulher e os três filhos vivem em Campinas.

Apesar de paraplégico, Pagotto era independente, segundo informações da familiar. “Ele se virava bem. Às vezes pedia ajuda dos amigos e de parentes para sair do carro e passar para a cadeira de rodas. Estamos inconformados.” O motorista era gerente, mas estava aposentado.