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Chuva, vinho barato, ''Marcha Nupcial'' e provocação à Igreja marcam a 15ª Parada Gay

Mauricio Stycer<br>Especial para o UOL Notícias

Em São Paulo

26/06/2011 16h14

Com o tema mais provocador até hoje, “Amai-vos uns aos outros. Basta de homofobia”, a 15ª Parada do Orgulho LGBT em São Paulo foi, porém, prejudicada pela chuva, que atingiu a avenida Paulista em diferentes momentos do evento.

Para as drag queens fantasiadas, que fazem a alegria dos fotógrafos, a água causou sérios transtornos em suas plumas, paetês e maquiagem. Já os vendedores de capa (a R$ 5) fizeram a festa.  Os vendedores de guarda-chuva, que invariavelmente surgem nestes momentos, aproveitaram o domingo para descansar.

Desde as 11h, o público se via obrigado a correr do asfalto em direção aos poucos abrigos e marquises junto à calçada sempre que o tempo fechava. No alto dos trios elétricos, go-go boys apenas de bota e sunga branca sofriam com o vento.

Um pequeno grupo distribuía panfletos da Igreja Evangélica Cristã para Todos, cuja sede fica no centro de São Paulo. O seu lema é “Para Deus somos todos iguais”.

Um dos integrantes da igreja, identificado como Jony, repetia as palavras do panfleto ao público, mas não sabia explicar como é a reação de outros grupos evangélicos à ação que eles fazem junto aos gays. “Quem sabe dizer isso melhor é a fundadora, mas ela não veio”, explicou.

Uma outra imagem religiosa decorava um dos carros alegóricos da Parada, bem como vários postes ao longo da avenida Paulista. “Nem santo te protege. Use camisinha”. Um dos trios tocou os primeiros acordes da “Marcha Nupcial”, numa alusão ao casamento gay.

Entre os participantes, gente fantasiada de Batman, Robin, Super-Homem, Zorro, anjinhos, diabos, reis, rainhas, trapezistas, integrantes do grupo Men At Work, mas nenhum padre ou freira, apesar das provocações de cunho religioso da parada.

Diferentemente do que ocorreu na última Virada Cultural, que proibiu a venda de bebidas alcoólicas por ambulantes, o comércio correu solto durante a Parada Gay. Vinho em garrafa de plástico (a R$ 5), cerveja, uísque, conhaque, licor e cachaça eram vendidos livremente na Paulista.


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