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PM de Taubaté estoura primeiro laboratório de óxi do Vale do Paraíba

No laboratório, fazia-se uma mistura de cocaína e crack com outras substâncias nocivas - UOL
No laboratório, fazia-se uma mistura de cocaína e crack com outras substâncias nocivas Imagem: UOL

Bruno Monteiro<br>Especial para o UOL Notícias<br>De Taubaté (SP)

12/07/2011 23h49

A Polícia Militar de Taubaté (cerca de 130 km de São Paulo) estourou na tarde de hoje o primeiro laboratório de óxi do Vale do Paraíba que se tem registro. A operação aconteceu na rua Silvio Cembranelli, Jardim América, periferia da cidade.

Em patrulhamento de rotina, os policiais suspeitaram da atitude de um homem e o abordaram. Na revista pessoal, encontraram uma pedra de crack e resolveram revistar a casa do individuo. Na ação, foi descoberto o laboratório da nova droga, uma mistura da cocaína e do crack com outras substâncias nocivas.

Três homens foram presos. Um deles confessou que a iniciativa do laboratório era mesmo a fabricação de óxi.

“O meliante declarou que queria fabricar óxi. Só que, na minha opinião, ele nem tinha ideia de como fazer a droga. Foram apreendidos inúmeros materiais, como parafina, banha de porco, querosene, catalisador, bicarbonato de sódio, gasolina, solução de bateria, éter e álcool, além é claro de cocaína e crack. Então, o que concluímos é que a pessoa que tivesse contato com essa mistura, certamente teria muito problemas, sofrendo um grande mal estar”, disse o delegado responsável pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Taubaté, Juarez Totti.

De droga, exatamente, de acordo com o delegado, foram encontrados cerca de 100 gramas, entre crack e cocaína.

Inédito
O delegado informou que em um caso anterior foi apreendida uma pedra que se suspeitava que fosse óxi. Mas esse foi o primeiro laboratório específico encontrado na região, segundo o policial.

O UOL Notícias fez contato com assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, que não soube precisar se este é o primeiro caso de estouro de um laboratório com a intenção exclusiva de fabricação do óxi, que surgiu no Norte do país e chegou há poucos meses a São Paulo. Segundo o órgão, há apenas registros de apreensões específicas de pedras da droga que aconteceram no estado de São Paulo.