Greve de metroviários afeta 40 mil passageiros na Grande Porto Alegre

A paralisação dos metroviários na região metropolitana de Porto Alegre na manhã desta quinta-feira (18) pegou de surpresa 40 mil usuários do metrô, que atende por 17 estações, cinco cidades.

A greve superlotou os pontos de ônibus próximos às estações. Os usuários reclamam da falta de coletivos. Muitos deles não param para recolher novos passageiros por já estarem lotados.

Diariamente com problemas de fluxo devido ao grande movimento, a BR-116, um dos principais acessos a Porto Alegre, está sobrecarregada.

Às 14h está marcada uma assembleia da categoria para decidir os rumos da greve. Até lá, cerca de 80 mil pessoas serão prejudicadas. Mas se a paralisação persistir durante todo o dia, 175 mil passageiros ficarão sem o seu principal transporte diário.

Os metroviários entraram em greve à zero hora desta quinta-feira. A categoria pede a manutenção da carga horária e aumento salarial de 6,36%. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimetrô-RS), todos os 1.186 funcionários paralisaram as atividades.

Em reunião convocada pelo Ministério Público do Trabalho, realizada no final da tarde desta quarta-feira (18), o sindicato informou que decidiu pelo não cumprimento da Lei de Greve, ou seja, o não atendimento à população nos horários de pico.

Em comunicado, a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) disse que atendeu ao pedido de reajuste de 6,36% e propôs a implantação de uma nova escala fixa. Mas o sindicato da categoria não aceitou a elevação da carga horária de 36 para 40 horas semanais.