Procon apreende 1,9 tonelada de alimentos estragados em supermercados de Maceió
Uma semana de fiscalizações do Procon de Alagoas foi o suficiente para que o órgão apreendesse 1,9 tonelada de alimentos estragados que estavam sendo vendidos em dez dos maiores supermercados de Maceió. A fiscalização aconteceu entre 30 de agosto e 6 de setembro..
Os resultados da “Operação Alimento” foram apresentados nesta quinta-feira (8). A ação encontrou produtos com a validade vencida, sem o armazenamento adequado ou informações importantes ao consumidor e alimentos sem condição ideal para consumo humano.
Entre as redes de supermercados flagradas, duas unidades são integrantes de marcas nacionais: dos mercados do Bompreço, do grupo Wallmart; e do supermercado Extra, do Grupo Pão de Açúcar.
Além deles, outros sete supermercados regionais ou estaduais também foram autuados. Todos serão multados. Os valores das infrações serão definidos de acordo com a irregularidade e poder de pagamento da empresa, mas podem chegar a R$ 6 milhões. As empresas têm dez dias para apresentar defesa.
Mais de 90% dos problemas foram encontrados em alimentos cárneos embutidos. Segundo o superintendente do Procon em Alagoas, Rodrigo Cunha, a prática de oferecer produtos sem a condição adequada “faz parte da cultura dos supermercados”.
“Um fator que chamou a atenção é que há diferenciação de classes. O público desses embutidos, como a mortadela, é de pessoas que não têm muita informação. Encontramos produtos mais caros armazenados no freezer, como deveria ser. Os mais baratos ficavam expostos a 29°C”, afirmou o superintendente do Procon-AL.
Cunha informou que outro fato que chamou a atenção dos fiscais é que as irregularidades foram encontradas nos maiores supermercados, que detêm a maioria dos consumidores da capital alagoana.
“Não foi em nenhum mercadinho escondido na cidade, aconteceu nas grandes redes do Estado. Todas tinham problemas que poderiam trazer prejuízo à saúde”, disse ele, alertando ainda que a ação também será realizada no interior de Alagoas.
O Procon-AL pede que os clientes que se sintam lesados ao adquir alimentos estragados façam denúncias ao órgão. As informações podem ser repassadas pelo telefone 151 ou pelo site do Procon (www.procon.al.gov.br).
Supermercados dizem que foi “erro humano”
O presidente da Associação de Supermercados de Alagoas (ASA), Raimundo Barreto, disse que a apreensão dos alimentos estragados foi uma fatalidade e atribui a “erro humano” que a exposição de alimentos fora do prazo de validade postos à venda.
“Foi uma surpresa essa apreensão. Acredito que o que ocorreu foi falha humana, que ainda não sabemos se foi de responsabilidade dos fornecedores e promotores de venda, que organizam os produtos nas prateleiras, ou de funcionários dos supermercados que fazem a chefia do setor”, afirmou Barreto.
“Agora vamos redobrar a atenção para que o nosso cliente não seja prejudicado e saia satisfeito da loja com os produtos comprados. Não é nossa conduta expor a saúde dos consumidores com a venda de alimentos estragados”, disse.
Barreto comentou a observação do Procon em relação às marcas e preços dos produtos apreendidos – que na maioria eram destinados aos consumidores de menor poder aquisitivo – afirmando que não existe discriminação em relação ao público consumidor.
“Nós zelamos por todos os nossos clientes, e coincidentemente os alimentos apreendidos eram de marcas mais em conta, mas não há nenhuma relação com o público consumidor. Essa discriminação não existe”, disse o presidente da ASA.
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