Adesão à greve cai para 23%, diz direção dos Correios
A adesão dos trabalhadores dos Correios à greve da categoria, iniciada no último dia 14, caiu para 23%, afirmou em nota a assessoria de imprensa da estatal. Na última sexta-feira, o percentual de grevistas estava em torno de 30%, segundo a empresa.
A reportagem não conseguiu localizar a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) para confirmar a queda na adesão. Normalmente, empresa e categoria informam percentuais diferentes de adesão.
No fim de semana, os Correios determinaram aos trabalhadores fazer um mutirão para entregar as cartas acumuladas. Com a ação, a porcentagem de carga em dia subiu de 60% para 65%, segundo a estatal.
Ministro preocupado
Hoje, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o atraso na entrega de correspondências e encomendas por causa da greve poderá prejudicar a imagem da empresa.
A determinação do ministro é que os serviços essenciais sejam mantidos, mesmo que seja preciso formar mutirões entre os funcionários. “Greve é uma coisa absolutamente normal, e temos que encarar como tal. É claro que pode prejudicar a imagem dos Correios, mas temos que trabalhar para resolver isso”, disse o ministro.
“Mesmo com a greve, temos que manter as atividades essenciais. Eu lembrei ao Wagner [Pinheiro, presidente dos Correios] que temos uma empresa monopolista, então não podemos simplesmente coletar correspondências e engavetar, temos que fazer esforço para entregar”, reforçou Bernardo.
O ministro também lembrou que quem aderir à paralisação vai ter o ponto cortado. “Não podemos confundir greve com férias. Quem não trabalha não pode ser pago”. Segundo Bernardo, a direção dos Correios continua em negociação com os trabalhadores para chegar a um consenso sobre a proposta de reajuste salarial.
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