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Após liminar conseguida pelo Center Norte, Prefeitura de SP diz que analisa medidas cabíveis, mas cumprirá decisão

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

29/09/2011 20h46Atualizada em 29/09/2011 21h58

Alguns minutos depois de uma liminar ter sido concedida em favor do Shopping Center Norte, na zona norte da capital paulista, autorizando o estabelecimento a abrir normalmente nesta sexta-feira (30), a Prefeitura de São Paulo divulgou, em nota, que cumprirá a decisão judicial, mas que a Procuradoria Geral do Município analisará as medidas cabíveis.

No entanto, a prefeitura "reafirmou a importância das medidas adotadas para preservar a segurança dos consumidores, lojistas e trabalhadores".

O shopping conseguiu uma liminar na 7ª Vara da Fazenda Pública e vai abrir normalmente amanhã, segundo a assessoria de imprensa. Em sua decisão, o juiz Emílio Migliano Neto levou em consideração as providências já iniciadas pelos responsáveis para remediar a área, que é contaminada e tem risco de explosão, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

O mandado de segurança, com pedido de liminar, foi apresentado pelos advogados do shopping às 14h de hoje, após o prefeito Gilberto Kassab (PSD) reafirmar sua intenção de lacrar o estabelecimento. A decisão foi divulgada cinco horas depois, quando lojistas já se preparavam para esvaziar os estoques e fechar as portas.

A liminar libera o funcionamento de todas as lojas do shopping, sem qualquer restrição, e por tempo indeterminado. O Lar Center e o Carrefour, que ficam no mesmo terreno, também estão cobertos pela decisão.

Entenda o caso

Nesta semana, a Prefeitura de São Paulo anunciou a interdição do local. No complexo do Shopping Center Norte, de 110 mil m², está o Lar Center (do mesmo grupo), um hipermercado Carrefour (que aluga o terreno), um estacionamento para milhares de carros e uma loja da rede de artigos esportivos Decathlon. Toda a área está com alta concentração de metano, segundo a Cetesb.

Os empreendimentos foram erguidos em uma área onde funcionava um lixão até o começo dos anos 80. A decomposição do lixo liberou gases que se concentraram no subsolo desses imóveis. Segundo a Cetesb, e a situação ficou crítica e agora há risco de ocorrer uma explosão.

*Com informações da Agência Estado e do Valor