Mãe é presa acusada de torturar filho deficiente de 12 anos em Alvorada (RS)
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu uma mulher de 38 anos suspeita de torturar o próprio filho de 12 anos em Alvorada (região metropolitana de Porto Alegre). Segundo a polícia, o menino, portador de necessidades especiais, era agredido e já teria sido obrigado a ingerir as próprias fezes. A mãe nega as acusações.
A investigação começou após denúncia de professores do adolescente, que possui dificuldades motoras, mas nenhum dano psíquico. Os professores contaram à polícia que o jovem teria entrado em desespero após defecar na roupa durante uma aula na escola. Ele pediu para que fosse limpo antes de ser levado para casa, caso contrário “sua mãe o mataria”.
A partir do que foi narrado pelos professores, uma equipe da 3ª Delegacia de Polícia tomou o depoimento do adolescente, de familiares, vizinhos e professores e pediram a prisão da mulher.
De acordo com a delegada Graciela Foresti, a mãe havia agredido o filho de diversas maneiras, como dar banhos gelados no menino do lado de fora da casa, no inverno. Na delegacia, a mulher negou as agressões, mas admitiu ter dificuldade em lidar com as limitações do filho. A polícia apurou que a criança nasceu após a mãe tentar abortar quando estava grávida de gêmeos. O outro irmão morreu antes de nascer.
“É um filho negado desde o início, e que sobreviveu com todas essas deficiências de responsabilidade da própria mãe”, disse Graciela. Além do garoto, a mulher tem ainda outras quatro filhas, de 20, 18, sete e cinco anos.
Ouvidos como testemunhas, familiares e o padrasto do adolescente agredido admitiram saber das agressões, mas ter receio da reação da mulher em relação aos demais filhos. “Toda a família era omissa”, disse a delegada.
O adolescente está em um abrigo. Já a mãe será encaminhada ao presídio feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. Até o fechamento dessa reportagem, ela não havia constituído um advogado.
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