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Médicos condenados por tráfico de órgãos seguem vida normal no interior de São Paulo

Pedro Torrecilas (rindo), um dos condenados do caso Kalume, atende como plantonista em Taubaté (SP) - Rauston Naves/Especial para o UOL
Pedro Torrecilas (rindo), um dos condenados do caso Kalume, atende como plantonista em Taubaté (SP) Imagem: Rauston Naves/Especial para o UOL

Rauston Naves e Vanessa Cunha<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Taubaté (SP)

31/10/2011 14h09

Dez dias depois de serem condenados a 17 anos e seis meses de prisão pela retirada e tráfico de órgãos de pacientes ainda vivos em Taubaté (140 km de São Paulo), em 1986, os três médicos do caso Kalume voltaram à rotina normal de suas vidas no interior do Estado.

Mariano Fiore voltou a lecionar na Universidade de Taubaté (Unitau) as disciplinas de medicina legal e saúde coletiva para os alunos do curso de medicina.  Pedro Torrecilas continua atendendo como plantonista em um hospital particular no município. Rui Noronha Sacramento permanece exercendo a profissão em uma clínica particular de urologia na cidade.

Autor das denúncias, o médico Roosevelt Kalume, que após prestar depoimento chegou a ser internado com o quadro de taquicardia, disse sentir-se aliviado com a condenação. “Provei que não estava mentindo sobre o assunto”, afirmou à reportagem do UOL Notícias

Recursos

Os advogados de defesa dos três médicos entraram na Justiça com pedido de anulação do júri, que, segundo os representantes dos réus, está repleto de nulidades.

O pedido da defesa foi impetrado na Justiça de Taubaté e será encaminhado para o Tribunal de Justiça em São Paulo, que decidirá se o julgamento deve ou não ser anulado.

Não existe prazo definido para que o pedido da defesa seja acatado. Por se tratarem de réus primários, os médicos recorrem em liberdade e possuem a autorização do CRM (Conselho Regional de Medicina) para continuar exercendo a profissão.