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Após onda de ataques, secretário de Segurança da Bahia confirma 14 presos

Luiz Francisco

Do UOL Notícias, em Salvador

01/12/2011 12h57

Depois de um dia de medo, com sucessivos atentados que provocaram a destruição de ônibus, caixas eletrônicos e estabelecimentos comerciais em Porto Seguro (705 km de Salvador), o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barboza, confirmou na manhã desta quinta-feira (1º) que 14 suspeitos foram presos e anunciou a instalação de uma base comunitária na cidade. 

“Todos [os suspeitos] foram encontrados nos locais dos crimes. Agora, temos de saber se eles realmente participaram dos atos criminosos”, disse o secretário durante entrevista coletiva. 

Apesar de 130 policiais terem sido acionados para reforçar a segurança de Porto Seguro, a população ainda está apreensiva. Alguns estabelecimentos comerciais localizados nos bairros onde aconteceram os ataques não abriram nesta manhã.

“Estamos com muito medo. A gente caminha olhando para todos os lados porque o clima é de insegurança mesmo”, disse o comerciante José Vitor Albuquerque.

Segundo a polícia, os traficantes que participaram dos atos de vandalismo de ontem utilizaram gasolina para incendiar quatro ônibus. Outros dois foram depredados. Um dos veículos transportava crianças e adolescentes que estudam em Porto Seguro. 

A polícia afirmou que os ataques começaram depois que um suposto traficante foi morto, após prestar depoimento. Ele teria ajudado na fuga de um colega que matou um policial militar no último sábado. Para tentar controlar a situação, 70 presos que estão no complexo policial da cidade serão transferidos ainda nesta quinta-feira para outras cidades. 

Desde a manhã, um helicóptero da Polícia Militar está sobrevoando Porto Seguro à procura dos suspeitos. As ações estão concentradas basicamente no bairro Baianão, um dos mais atingidos pelos ataques.

A unidade de Porto Seguro será a quarta a funcionar na Bahia --as outras três estão em Salvador-- e, inspirada na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) usada no Rio de Janeiro, a base pretende incentivar os policiais a trabalharem dentro dos bairros.