TJ determina escolta policial a juíza alvo de bomba em fórum de Rio Claro

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou na quinta-feira (12) que a juíza de Rio Claro (173 km da capital), que era o alvo de uma bomba caseira que explodiu ontem no fórum da cidade, receba escolta policial.

A decisão foi tomada após reunião da magistrada com o presidente do TJ, Ivan Sartori. Além de Cynthia Andraus Carretta, também outras duas juízas estiveram no encontro e relataram que também são alvo de ameaças. Segundo a assessoria do órgão, os nomes das magistradas não serão divulgados por questão de segurança.

A bomba caseira –em forma de Papai Noel e endereçada a juíza, diretora do fórum e titular da 3ª Vara Cível– explodiu e feriu dois funcionários do fórum. Um funcionário machucou as mãos e o tórax e seu estado é estável. O outro teve ferimentos leves.

A Vara Cível julga, por exemplo, casos de adoção, divórcio, briga de vizinhos, contrato e direito do consumidor. Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, o delegado seccional de Rio Claro, Roberto José Daher, afirma que o Papai Noel estava num pacote sem remetente encontrado por uma funcionária numa mesa no saguão do primeiro andar do prédio.

A funcionária chamou um guarda municipal, que levou o pacote para a recepção. Outros dois funcionários abriram a embalagem e encontraram o Papai Noel de brinquedo dentro, que explodiu em seguida. A polícia classifica o episódio como um atentado.

Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de agosto de 2011, após a morte da juíza Patrícia Acioli no Rio de Janeiro, mostra que 134 juízes estão ameaçados no país.