"Não me portei como negociadora. Apaziguadora, talvez", diz Sonia Abrão
Mauricio Stycer
do UOL, em São Paulo
14/02/2012 17h11
A jornalista Sonia Abrão voltou a tratar em seu programa, na RedeTV!, do papel que desempenhou no episódio que culminou com a morte da jovem Eloá, em outubro de 2008, após ser mantida em cativeiro por mais de cem horas pelo ex-namorado, Lindemberg Alves.
A certa altura do cerco policial, Sonia entrevistou Lindemberg por telefone por mais de 20 minutos. Muito criticada, por dar voz a um criminoso, a jornalista foi convocada pela defesa do sequestrador para ser testemunha do caso, mas se recusou a ir. “Em momento algum me portei como negociadora. Como apaziguadora, talvez”, disse, nesta terça (14).
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A entrevista que fez com o acusado de matar Eloá foi exibida ao júri no primeiro dia do julgamento. “Fico feliz de ter sido útil nesta história”, disse a apresentadora.
Na segunda-feira, sem citar Sonia, José Luiz Datena, na Band, a criticou pela famosa entrevista: “Eu me recusei terminantemente a ouvir esse cara. Aqui neste programa ele não fala. Começou a se achar o maior cara do mundo. Por isso não quis ver a cara desse cara, nem ouvir. Um canalha, um bandido.”
Em seu programa, na segunda-feira, ela justificou a recusa de depor no julgamento, sob o argumento que não tinha obrigação de ir. E defendeu seu trabalho. “Foi só através do nosso programa que a mãe da Eloá pôde falar com ela”, disse.
Ao contrário do que havia prometido na véspera, nesta terça-feira Sonia voltou atrás e disse que não iria mais reapresentar a entrevista no "A Tarde É Sua".