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Tirolesa passou por manutenção dias antes de acidente que matou mulher em Águas de Lindoia, diz advogado

Do UOL, em São Paulo

23/02/2012 18h58

A tirolesa que provocou a morte da funcionária do Ministério Público Maiza Aparecida Rodrigues Tavares, 54, em um sítio de turismo em Águas de Lindoia (170 km de São Paulo) passou por manutenção dias antes do acidente. Foi o que afirmou o advogado do proprietário do local, Cristiano Avancini.

A funcionária pública passava o final de semana com a família na cidade e caiu de uma altura de aproximadamente 15 metros, após o rompimento do cabo da tirolesa. O acidente aconteceu na última segunda-feira (20) por volta das 17h. A vítima não resistiu à queda e morreu no local. A ocorrência foi registrada como morte suspeita.

"Tudo, num primeiro momento, foi uma fatalidade", disse Avancini. Mas, segundo ele, os laudos periciais vão poder provar se houve algum problema na manutenção realizada no equipamento antes do Carnaval. "É preciso saber se a pessoa responsável por esse serviço estava capacitada e se foi negligente em algum momento", afirma o advogado.

Avancini disse que Maiza estava usando todos os equipamentos de segurança e que o sítio tem alvará para funcionar.

Inquérito policial

O inquérito do caso foi aberto na última quarta-feira (22), na delegacia do município. "Acredita-se que o acidente tenha sido causado pelo rompimento de um cabo. Temos que apurar, no entanto, as responsabilidades. Identificar se as manutenções realmente eram feitas no equipamento, se os procedimentos foram realizados corretamente e qual era a data de validade do caso", afirma o delegado Oswaldo Faria Junior.

O proprietário do Sítio Monte Alegre, onde ocorreu o acidente, Joel Raimundo de Souza, já foi ouvido. "Na conversa, ele disse que o equipamento passava por manutenções periódicas e que nunca teve problema algum com ele", conta Faria Junior. Ainda devem ser ouvidos familiares da vítima, a pessoa responsável pela manutenção do equipamento, assim como os funcionários e os familiares do proprietário do local.

A polícia aguarda também os laudos periciais, que estão previstos para serem divulgados em até 30 dias -- mesmo prazo que o delegado afirma ter para a conclusão do inquérito.