Atingidos por barragens fazem marcha contra Belo Monte em Altamira
Como parte do Dia Nacional de Luta contra as Barragens, comemorado hoje (14), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) faz, neste momento, uma marcha pelas ruas de Altamira, no Pará, em protesto contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Os manifestantes pretendem se concentrar em frente ao escritório do consórcio Norte Energia, responsável pela construção da obra, até que uma comissão seja recebida.
De acordo com a organização da marcha, o objetivo da comissão é convencer o consórcio e autoridades do governo a abrir uma mesa de negociação sobre os direitos das populações que serão atingidas pelo empreendimento, parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Uma das maiores preocupações dos integrantes do MAB é um recente estudo, divulgado pelo Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (Ufpa) que apontou um número de atingidos pelo lago que se formará na usina 55% maior que a quantidade expressa no projeto. O levantamento mostra que o total de pessoas atingidas será 25,4 mil moradores, e não 16,4 mil, conforme previsão registrada no relatório de impactos ambientais do projeto.
A jornada nacional de lutas do MAB começou ontem (13) em diversas capitais brasileiras, com foco nas empresas estatais do setor elétrico. As mobilizações continuam hoje e, em todas elas, os militantes pedem o cancelamento da barragem.
“Belo Monte é um caso nacional e internacional. Temos que expor para o mundo nossa discordância em relação à construção dessa barragem. A luta contra Belo Monte é uma das nossas pautas prioritárias nesta jornada”, disse Rogério Hohn, da coordenação do MAB.
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