Em sessão esvaziada no Senado, procurador acusa Chevron de ampliar vazamento na bacia de Campos
Durante uma audiência pública com a presença de apenas dois senadores, um representante do Ministério Público Federal acusou nesta quinta-feira (22) a petrolífera Chevron de ampliar o vazamento na bacia de Campos porque priorizou a economia de recursos à segurança da operação. O encontro inicialmente previa a presença do principal executivo da empresa no Brasil, o que acabou não acontecendo.
A empresa norte-americana enviaria o presidente da Chevron Brasil, George Buck, mas acabou representada pelo diretor de assuntos corporativos, Rafael Jaen Williamson. Também se ausentou a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriand. No lugar dela, falou o assessor da diretoria, Sílvio Jablonski. Entre os parlamentares, só compareceram Sérgio Souza (PMDB-PR) e Aloysio Ferreira Nunes (PSDB-SP).
"O incidente não causou danos às pessoas ou ao meio ambiente, incluídos fauna e flora marinha", afirmou Williamson. Pouco depois, o procurador da República Eduardo Santos Oliveira reagiu: “Não se pode justificar isso porque nenhuma sardinha foi morta. É uma maneira de minorar o acidente que aconteceu”, disse.
O membro do Ministério Público afirmou que a Chevron buscou economizar recursos ao não contar com todo o equipamento necessário para a aplicação do plano de contingência. Mais cedo, o assessor da ANP afirmou que o vazamento ocorreu por falta de revestimento suficiente no campo de onde escoaram 2.400 barris de petróleo desde 8 de novembro.
Mais cedo, a empresa chamou de “ultrajante e sem mérito” uma denúncia do Ministério Público Federal que a responsabiliza pelo vazamento. A Chevron disse ter agido com transparência e que não há sinais de negligência após o incidente. O Ministério Público acusa a petrolífera de cometer crime ambiental e dano ao patrimônio público.
Se isso for comprovado, a Chevron pode ser impedida de operar no poço e ter seu contrato de concessão rescindido.
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