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"Decidimos pedir R$ 10 milhões de indenização", diz advogado da família de menina morta por jet ski

Grazielly Almeida Lames, 3 anos, morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado - Reprodução/Youtube
Grazielly Almeida Lames, 3 anos, morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado Imagem: Reprodução/Youtube

Fernando Mendonça

Do UOL, em São Paulo

30/03/2012 10h12

O advogado José Beraldo, da família de Grazielly Lames, 3, atingida na cabeça por um jet ski desgovernado na praia de Guaratuba, em Bertioga (107 km de São Paulo), no último dia 18 de fevereiro, informou no começo da tarde desta sexta-feira (30) que a indenização a ser pedida pela morte da menina será de R$ 10 milhões.

A informação anterior era de que a família pediria R$ 5 milhões de indenização. “Considerando toda uma vida perdida, a dor dos pais, o poder econômico dos réus e a comoção social, entraremos com pedido de danos morais contra os pais e contra os padrinhos do adolescente, R$ 5 milhões contra cada parte”, disse Beraldo ao UOL.

O advogado demonstrou insatisfação com o resultado do inquérito apresentado na tarde desta quinta-feira (29), em Santos (74 km de São Paulo), que indiciou quatro pessoas como responsáveis diretas pelo acidente. "Foi uma decisão teratológica, uma monstruosidade jurídica", disse ele.

De acordo com o inquérito, presidido pelo delegado Rony da Silva Oliveira, da Delegacia Seccional de Santos, foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção) o dono do jet ski, José Augusto Cardoso; o caseiro Erivaldo Francisco de Moura, conhecido como "Chapolin"; e dois mecânicos que fizeram a manutenção do aparelho dois dias antes do acidente: Tiago Veloso Lins e Ailton Bispo de Oliveira.

Onde foi o acidente

  • Arte/UOL

    Bertioga está no litoral norte de São Paulo

Para o advogado da família, todos os que estavam na casa de praia no dia do acidente deveriam ser indiciados por dolo eventual (quando há consciência dos riscos que a ação pode produzir). “As autoridades não podem ser frouxas, as leis estão aí e devem ser aplicadas no seu rigor”, disse ao UOL.

O caso

Grazielly Almeida Lames, que visitava o mar pela primeira vez, brincava com a mãe na área rasa da praia quando o jet ski a atingiu na cabeça. Ela foi levada de helicóptero ao Hospital Municipal de Bertioga, com traumatismo craniano, mas chegou já morta. O adolescente suspeito de dirigir o jet ski fugiu do local sem prestar socorro.