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Corpo de jovem atropelado por jet ski é encontrado em rio da Bahia

O jet ski pertencente ao empresário Almir Ferreira da Silva atropelou e matou o banhista Marlon Lima Silva, 22, no último fim de semana - Correio da Cidade
O jet ski pertencente ao empresário Almir Ferreira da Silva atropelou e matou o banhista Marlon Lima Silva, 22, no último fim de semana Imagem: Correio da Cidade

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

03/04/2012 14h08

Foi encontrado na madrugada desta terça-feira (3), o corpo do jovem Marlon Lima Silva, 22, que morreu no último domingo (1º), após ser atropelado por um jet ski enquanto nadava no rio Paraguaçu, no município de Santo Estevão (157 km de Salvador). O corpo foi encaminhado ao Departamento de Perícia Técnica, em Feira de Santana, e em seguida será levado para sepultamento em sua cidade natal, Ipacaetá.

Segundo a Polícia Civil de Santo Estevão, o corpo foi encontrado por populares por volta 5h, quando boiou no rio e foi avistado por pescadores. As buscas duraram mais de 24 horas, já que o desaparecimento ocorreu no fim da tarde do domingo, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado e iniciou as operações. O corpo tinha marcas de ferimento na cabeça, causadas provavelmente pela pancada com o jet ski.

A Polícia Civil foi acionada logo após o acidente e apreendeu o equipamento ainda às margens do rio. O jet ski pertence ao empresário Almir Ferreira da Silva, que mora em Santo Estevão.

Como o delegado titular do município está de férias, o inquérito foi remetido à cidade vizinha de Antônio Cardoso. Segundo o delegado Marcelo do Vale Neves, que ficará responsável pelo caso, o piloto do jet ski queria se apresentar nesta terça-feira, mas como testemunhas ainda não foram ouvidas, ele preferiu postergar o encontro.

“Nós vamos marcar uma data para ele se apresentar, mas queremos ouvir primeiro as testemunhas, para ter mais subsídios para ouvi-lo. Daqui para amanhã devo ouvir essas testemunhas. Já passei a ordem para intimar as pessoas que viram o acidente”, disse.

Sobre causas do acidente, o delegado disse que, por enquanto, não há qualquer versão oficial para o caso. “As informações que temos são as mesmas que a imprensa tem. Só podemos falar formalmente após as oitivas. Ninguém foi ouvido ainda”, explicou, confirmando a informação de que Santos teria fugido logo após o acidente.

Ao UOL, o advogado Fredson Timbira, que representa a família do acusado, disse, nesta segunda-feira, que Almir tem interesse em se apresentar à polícia para prestar esclarecimentos.

“Conversei com um barraqueiro, e ele me disse que Almir estava andando no jet ski e atropelou uma pessoa longe da margem. Que logo em seguida veio à beira do rio para pedir socorro, pois o local onde ocorreu o acidente era um pouco afastado. Em seguida, ao perceber uma movimentação e diante de tentativa de linchamento, ele deixou o local, o que é natural para uma situação como essa.”

Timbira afirmou ainda que Santos está dando toda assistência à família da vítima. “Eu orientei que dessem toda assistência, independente da responsabilização criminal. Que deem tudo que for preciso, até o funeral”, finalizou.