Funkeiro e ex-candidato a vereador é morto a tiros em São Vicente (SP)
O músico Jadielson da Silva Almeida, 28, conhecido como MC Primo, foi morto na noite desta quinta-feira (19) no bairro Jóquei Clube, em São Vicente (SP), onde morava no litoral sul paulista. Ele foi assassinado com vários tiros dentro do carro, no momento em que chegava em casa.
Segundo informações do jornal “A Tribuna”, o músico foi morto na frente dos filhos de cinco e nove anos por dois homens encapuzados que estavam em outro carro. Policiais do 2º DP de São Vicente passaram o dia na região do crime apurando a ocorrência.
Almeida foi candidato a vereador pelo PSDB em 2008 e recebeu 530 votos. “Diretoria”, “Máquina de Fazer Dinheiro” e “Longe de Mim” estão entre as músicas do MC que fizeram mais sucesso. Ele também tem repertório letras que criticam a polícia e que falam da vida do crime.
Em razão da morte, fãs do músico criaram hashtags no Twitter, como #McPrimoLutoEterno, #PazNoFunk, #OFunkPedePaz, entre outras.
Violência na Baixada Santista
É o quarto músico de funk morto na Baixada Santista em dois anos. Em abril de 2010, foram mortos a tiros Felipe da Silva Gomes, conhecido como DJ Felipe da Praia Grande, e Wellington da Silva Cruz, o Felipe Boladão, ambos com 20 anos na época. As mortes ocorreram no bairro Vila Glória, também em São Vicente.
Em abril do ano passado, a vítima foi Eduardo Antônio Lara, 27, conhecido como Duda do Marapé, morto a tiros no centro de Santos.
A Polícia Civil investiga uma série de mortes que ocorreram nos últimos dias na Baixada Santista após o assassinato do PM Rui Gonzaga Siqueira, 46, morto no último 10 na zona noroeste de Santos.
Pelo menos quatro mortes ocorreram nos dias seguintes, na mesma região. As vítimas eram moradores que podem ter sido assassinados, segundo os investigadores, em retaliação à morte do policial. Foram mortos Eduardo Expedito Simões da Silva, 22, Willians Siqueira Fernandes, 21, Thaís dos Santos, 22, e Victor Basílio Soares, 26. Outras três pessoas foram baleadas e sobreviveram.
Em abril de 2010, 22 policiais militares foram presos sob suspeita de participarem de um grupo de extermínio que cometeu mais de 20 assassinatos na Baixada Santista em pouco mais de uma semana. As investigações apontam que elas ocorreram em retaliação à morte do soldado da PM Paulo Rafael Pires, 27, naquele mesmo mês de 2010, no Guarujá.
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