Adolescente é acusada de jogar um osso humano na sopa de um portador de deficiência mental na Bahia
Uma adolescente de 15 anos, cujo o nome a polícia não revelou, é acusada de ter violado um esqueleto humano, na cidade de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador (BA), para retirar parte da ossada. O objetivo era fazer brincadeiras com um deficiente mental da cidade, colocando ossos humanos na refeição do rapaz.
Segundo foi informado à polícia, a jovem queria ridicularizá-lo, registrando imagens e fotos na rede social Facebook. A ossada estava enterrada no cemitério da ilha do Bom Jesus dos Passos, nos arredores da cidade, e pertencia a uma mulher morta em 1997, parente da jovem que retirou o osso. O caso aconteceu há cerca de um mês, mas somente agora chegou ao conhecimento da polícia.
Conforme foi registrado na 17ª Delegacia de Polícia, no mês passado, familiares da falecida solicitaram a retirada dos ossos do túmulo, porque pretendia reutilizar a sepultura. O material seria depositado em um ossuário. Entretanto, o coveiro contratado para fazer o serviço deixou o saco com os ossos próximo à sepultura, em lugar de fácil acesso.
A adolescente, que teria passado pelo cemitério, antecipou-se ao coveiro e retirou um osso, uma parte do fêmur, e, ao ver o deficiente, embriagado, que tomava uma sopa servida por um morador da cidade, decidiu acrescentá-lo à comida do rapaz.
Ao observar o ocorrido, o morador que serviu o alimento ao portador de deficiência, retirou-o do prato, jogou a sopa fora e advertiu a adolescente.
Neste início de semana, o coveiro percebeu que a ossada havia sido mexida e comunicou o fato a administração do cemitério, bem como à família da morta.
O caso chegou ao conhecimento da delegada Celina de Cássia Fernandes Santos, titular da cidade, que já convocou o coveiro, a direção do cemitério e a vítima da brincadeira de mau gosto.
Agora a delegada quer ouvir também a mãe da jovem, identificada como Maria Crispiniana de Souza. “Por se tratar de uma menor de idade, será concluída a tomada de depoimentos e o caso, caracterizado como ato infracional, será encaminhado à Promotoria da Infância e da Juventude, que decidirá sobre as medidas a serem adotadas”, disse um investigador.
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